Em Fatos https://emfatos.com/ Notícias e informações dobre os fatos dos bastidores da política Wed, 30 Apr 2025 19:58:51 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.1 https://emfatos.com/wp-content/uploads/2025/01/cropped-cats-removebg-preview-32x32.png Em Fatos https://emfatos.com/ 32 32 Lula e a farsa sindical: discurso populista que não representa o trabalhador https://emfatos.com/lula-e-a-farsa-sindical-discurso-populista-que-nao-representa-o-trabalhador/ https://emfatos.com/lula-e-a-farsa-sindical-discurso-populista-que-nao-representa-o-trabalhador/#respond Wed, 30 Apr 2025 19:58:45 +0000 https://emfatos.com/?p=3302 Lula publicou mais uma de suas declarações públicas no Twitter/X, como de costume, tentando pintar um retrato romântico do seu suposto compromisso com a “classe trabalhadora”. O ex-metalúrgico, que há décadas vive às custas do Estado e de alianças questionáveis, declarou ter se reunido com dirigentes das principais centrais sindicais do Brasil, em comemoração ao […]

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Lula publicou mais uma de suas declarações públicas no Twitter/X, como de costume, tentando pintar um retrato romântico do seu suposto compromisso com a “classe trabalhadora”. O ex-metalúrgico, que há décadas vive às custas do Estado e de alianças questionáveis, declarou ter se reunido com dirigentes das principais centrais sindicais do Brasil, em comemoração ao Dia do Trabalhador, celebrado em 1º de maio. Em tom triunfalista, Lula afirmou ter recebido o documento intitulado: “Pauta da classe trabalhadora: prioridades para 2025. Por um Brasil mais justo, solidário, democrático, soberano e sustentável”. E, como não poderia faltar, repetiu o velho bordão de que seu governo tem raízes nessa luta e que as portas do Planalto estarão sempre abertas ao diálogo.

Mas será mesmo que o governo petista dialoga com todos que fazem “a roda da economia girar”? Ou apenas com aqueles que gritam palavras de ordem ao som de bandeiras vermelhas e financiamento sindical?

Vamos aos fatos.

Lula se apresenta como defensor da classe trabalhadora, mas na prática governa para manter as estruturas que beneficiam um seleto grupo de sindicalistas, funcionários públicos privilegiados e aliados políticos. O cidadão comum, aquele que acorda cedo, empreende, enfrenta a burocracia estatal e tenta pagar os boletos em dia, raramente vê algum benefício vindo dessas articulações.

O mais irônico é que Lula fala de “solidariedade” enquanto pune severamente os pequenos empresários com alta carga tributária e sufocante regulação estatal. Onde está a solidariedade com quem gera empregos reais?

A tal “Marcha da Classe Trabalhadora”, como foi chamada, é uma performance política disfarçada de mobilização popular. Financiada direta ou indiretamente por sindicatos encostados nas verbas públicas, essa marcha serve mais para pressionar o governo por benefícios e verbas do que para representar a realidade do trabalhador brasileiro que vive fora da bolha do sindicalismo.

É fundamental lembrar que as centrais sindicais brasileiras não são exatamente exemplos de meritocracia, eficiência ou representatividade. Após a reforma trabalhista de 2017, que eliminou a obrigatoriedade do imposto sindical, muitas dessas entidades viram sua arrecadação cair drasticamente — revelando o óbvio: a maior parte dos trabalhadores não via valor em sustentá-las. Ainda assim, o governo Lula tenta ressuscitar esse sistema de dependência, com projetos de lei que visam reestabelecer contribuições obrigatórias, inclusive para aqueles que não são sindicalizados.

O que é isso senão confisco disfarçado de contribuição?

Enquanto isso, microempreendedores, trabalhadores autônomos e até os novos profissionais das plataformas digitais são sistematicamente ignorados no discurso lulista. A nova economia — que se move pela tecnologia, pela liberdade de escolha e pela meritocracia — não interessa ao governo petista. Afinal, ela foge ao controle do Estado e desafia a estrutura verticalizada das antigas corporações sindicais.

O uso de palavras como “soberania”, “sustentabilidade” e “democracia” soa bonito, mas, na boca de Lula, perde toda a credibilidade. Afinal, que democracia é essa que persegue adversários políticos, censura redes sociais e busca regular a mídia? Que soberania é essa que flerta com ditaduras, abre mão de acordos bilaterais estratégicos com países democráticos e acena para o eixo bolivariano?

E sobre sustentabilidade? O mesmo governo que se diz amigo do meio ambiente cede aos caprichos do agronegócio ideologicamente aliado quando lhe convém, mas ataca o produtor rural conservador sempre que possível, com o apoio de ONGs estrangeiras e discursos vagos sobre “preservação”.

Parece que a sustentabilidade, nesse governo, é seletiva — como todo o resto.

Quando Lula diz que as portas de seu governo estão abertas para o diálogo, é importante perguntar: diálogo com quem? Com os caminhoneiros autônomos que pararam o país em 2018? Com os empresários que enfrentam calotes do governo? Com os pais de família que não têm escola decente para seus filhos porque o dinheiro foi desviado para “organizações sociais” amigas do partido?

Não. O diálogo de Lula é com quem canta o hino da militância sindical, aplaude as pautas progressistas e fecha os olhos para os escândalos de corrupção que marcaram os governos petistas. É com essa “classe trabalhadora seletiva” que ele conversa.

É por isso que a narrativa da luta de classes ainda é tão útil ao lulopetismo. Ela perpetua a ideia de que há “exploradores” e “explorados”, onde, obviamente, os vilões são os empresários, os conservadores, os religiosos, e qualquer um que critique o Estado inchado. Mas no mundo real, o “explorado” é o cidadão de bem, que paga caro por serviços públicos precários e assiste à elite sindical — aliada do governo — acumular influência e privilégios.

Esse teatro sindical serve apenas para reafirmar a centralidade do Estado como solucionador de tudo. E quem discorda disso é automaticamente chamado de “neoliberal”, “fascista” ou “inimigo do povo”. O que Lula e seus aliados não suportam é a ideia de um Brasil onde o indivíduo seja livre, onde o Estado seja mínimo e onde o trabalho seja valorizado com base na produtividade e não na ideologia.

Vamos ser francos: o trabalhador brasileiro não precisa de mais discursos, marchas ou panfletos com palavras vazias. Ele precisa de menos impostos, menos burocracia, mais liberdade econômica, segurança jurídica e um sistema educacional que forme cidadãos críticos e produtivos — não militantes de partido.

O Brasil precisa, urgentemente, reverter a lógica que mantém o Estado como o senhor da vida econômica do país. O que faz a roda da economia girar é o trabalho honesto, o empreendedorismo, a livre iniciativa e o mérito — e não a politicagem sindical, os conchavos ministeriais e as reuniões recheadas de palavras bonitas e intenções duvidosas.

Lula, com seu discurso paternalista e antiquado, tenta capturar emocionalmente a classe trabalhadora, como se ela ainda estivesse presa à década de 80. Mas a verdade é que o Brasil mudou. Os trabalhadores de hoje querem mais do que “diálogo com o governo” — querem liberdade para crescer sem amarras estatais.

Mas será que Lula quer isso?

Em vez de seguir o caminho da liberdade e do progresso, o atual governo insiste na retórica da dependência e do controle. Alimenta-se da fragilidade de um sistema sindical desacreditado, e promete mundos e fundos a grupos organizados que, em troca, entregam apoio político e controle narrativo.

É assim que se mantém o poder no lulismo: por meio de um populismo institucionalizado, onde o trabalhador é sempre vítima, o Estado é sempre salvador, e o “diálogo” é sempre com quem bate palmas para o partido.

Não nos enganemos: a “Pauta da Classe Trabalhadora” é, na prática, a pauta de uma elite sindical que vive à sombra do Estado. É um documento que serve mais ao palanque do que ao povo. Se houvesse real preocupação com os trabalhadores, o governo estaria focado em facilitar a vida do cidadão comum — e não em criar slogans para marchas ideológicas.

O Brasil precisa de líderes que libertem o povo da dependência estatal, e não que usem essa dependência como trampolim político.

E você, trabalhador honesto, que acorda cedo e paga seus impostos — está representado nessa pauta?

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CNN Brasil: “PSOL aciona corregedoria contra fala de vereadora Cris Monteiro de SP” https://emfatos.com/cnn-brasil-psol-aciona-corregedoria-contra-fala-de-vereadora-cris-monteiro-de-sp/ https://emfatos.com/cnn-brasil-psol-aciona-corregedoria-contra-fala-de-vereadora-cris-monteiro-de-sp/#respond Wed, 30 Apr 2025 19:47:07 +0000 https://emfatos.com/?p=3299 A Câmara Municipal de São Paulo, epicentro do poder legislativo da maior metrópole da América do Sul, voltou aos holofotes. Mas, como tem se tornado padrão nos últimos anos, não foi por conta da aprovação de projetos relevantes, soluções para o caos urbano ou avanços em políticas públicas. Não. A Câmara ressurge, mais uma vez, […]

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A Câmara Municipal de São Paulo, epicentro do poder legislativo da maior metrópole da América do Sul, voltou aos holofotes. Mas, como tem se tornado padrão nos últimos anos, não foi por conta da aprovação de projetos relevantes, soluções para o caos urbano ou avanços em políticas públicas. Não. A Câmara ressurge, mais uma vez, mergulhada em polêmicas, discursos de efeito e embates ideológicos vazios que parecem mais voltados para as redes sociais do que para o bem da população paulistana. E o caso recente da vereadora Cris Monteiro, do Partido Novo, é a amostra perfeita desse espetáculo político que insiste em ignorar as reais demandas da cidade.

Durante uma audiência pública da Comissão de Finanças, com foco na educação — isso mesmo, educação, um tema urgente e essencial — a vereadora Cris Monteiro ousou fazer um comentário que, em outra época, talvez passasse despercebido ou, no máximo, provocasse um debate sério. Mas em tempos de cultura do cancelamento, qualquer frase fora da cartilha ideológica da esquerda é motivo de denúncia. Cris Monteiro, então, declarou que “uma mulher branca, bonita e rica incomoda”, dirigindo-se a manifestantes negras presentes no plenário. Uma fala que, segundo ela mesma, expressava a percepção de um certo preconceito reverso, mas que foi imediatamente classificada como “conduta racista” pela vereadora Luana Alves, do PSOL.

Com a indignação pronta e o processo já desenhado, Luana Alves correu para acionar a Corregedoria da Câmara, alegando racismo. O problema não é apenas a acusação em si, mas o fato de que a política virou um teatro moralista em que palavras são julgadas com base na identidade de quem as pronuncia, não em seu conteúdo ou intenção. Porque quando Érica Hilton, por exemplo, uma deputada federal, afirma que é linda, maravilhosa, ama seu cabelo e se sente orgulhosa da sua aparência, ninguém se ofende. Pelo contrário: ela é exaltada como símbolo de autoestima e empoderamento. Mas quando uma mulher branca, como Cris Monteiro, fala da própria aparência — ou da forma como é percebida por outros — o discurso ganha automaticamente a etiqueta de “racista”.

A vereadora Zoi Martinez, do PL, apontou essa contradição ao vivo. Para ela, existe uma clara hipocrisia institucionalizada dentro da política paulistana. “Alguns discursos são aplaudidos, outros são massacrados, mesmo quando a essência é a mesma”, declarou Zoi, lembrando que Cris Monteiro enfrenta problemas de saúde, inseguranças e desafios pessoais, sendo tratada quase como uma criminosa por dizer algo que não feriria ninguém se fosse dito por uma representante da esquerda. E a pergunta que fica no ar, ecoando sem resposta nos corredores da Câmara, é: por que existem dois pesos e duas medidas?

Esse episódio serve como um espelho para a crise moral, intelectual e política da Câmara Municipal de São Paulo. Em vez de ser palco de debates técnicos, estudos de impacto, propostas de melhorias para o transporte, saúde, segurança e educação — que é, aliás, o objetivo da Comissão onde tudo aconteceu — a Câmara tem sido sequestrada pelo discurso lacrador. Tudo se resume a manchetes, likes, denúncias e guerra de narrativas. A política virou um reality show ideológico, onde quem lacra mais ganha protagonismo, mesmo que isso custe a dignidade do cargo que ocupa.

É sintomático que esse embate esteja sendo travado em um ambiente onde a educação paulistana deveria estar em pauta. Enquanto os alunos da rede municipal lidam com escolas sucateadas, falta de estrutura, professores sobrecarregados e índices preocupantes de alfabetização, os vereadores estão preocupados em disputar quem tem mais direito de falar sobre beleza, cor da pele ou privilégio. O foco saiu completamente do essencial e mergulhou no superficial. O símbolo da decadência legislativa não está nas palavras de Cris Monteiro, mas na incapacidade coletiva da Câmara em produzir qualquer discussão minimamente produtiva para os cidadãos que pagam seus salários.

Mais grave ainda é a passividade com que tudo isso é encarado. A imprensa, em sua maioria, abraça o discurso progressista, sem qualquer espírito crítico. Não se questiona o contexto, não se analisa o histórico da fala, não se pondera sobre o uso político da acusação. Tudo vira manchete acusatória, julgamentos morais em tempo real. A mídia tradicional, em vez de cumprir seu papel de vigilância democrática, prefere reforçar as narrativas de grupos que se colocam como os únicos legítimos a falar de desigualdade. O que a esquerda chama de inclusão, no fundo, se traduz em monopólio da narrativa.

E não é como se o povo estivesse desinteressado em política. O problema não é a população, mas a distância entre os representantes e os representados. Porque, enquanto a população paulistana lida com violência urbana crescente, caos no trânsito, aumento de impostos e taxas, inflação dos serviços municipais e falta de oportunidades reais, seus vereadores estão imersos em discussões estéreis sobre a estética da branquitude e o lugar de fala. Um delírio identitário que consome energia política, recursos e tempo — três coisas que, se bem utilizadas, poderiam mudar a vida de milhares de paulistanos.

Neste ambiente tóxico, a atuação de Cris Monteiro — concorde-se ou não com sua fala — revela uma tentativa legítima de se posicionar em meio a um terreno minado pela militância. Ela não negou os problemas da desigualdade racial. Ela apenas denunciou a forma como certos grupos reagem ao que consideram “símbolos de opressão”, como se toda mulher branca, rica e bem-sucedida fosse automaticamente culpada por um sistema histórico que ela mesma pode ter enfrentado. E aí reside a perversidade do pensamento progressista atual: transformar o indivíduo em culpado por aquilo que ele representa, não pelo que ele fez.

O silêncio da presidência da Câmara e o comportamento morno de parte dos parlamentares diante dessa perseguição institucionalizada mostram como a liberdade de expressão está em xeque dentro do próprio parlamento. Se uma vereadora não pode expressar sua percepção sem ser enquadrada como criminosa, o que sobra para o cidadão comum? O que sobra para os professores, para os jornalistas independentes, para os empresários, para os estudantes que ousarem discordar do discurso dominante?

Ao invés de ser punida, Cris Monteiro deveria ser defendida por seus colegas. Não por concordarem com ela, mas pelo princípio básico da democracia, que é garantir o direito à livre manifestação, especialmente em um espaço que, por definição, é o coração do debate público. Mas parece que, na São Paulo da ideologia, o Legislativo virou palco de militância. A técnica foi substituída por slogans, a verdade por narrativas, a coragem por medo de retaliação.

E, enquanto isso, o povo segue refém de uma Câmara que não apresenta soluções, não fiscaliza com rigor o Executivo, não cria leis eficazes e não representa mais os anseios da cidade. O mais trágico é que esse padrão de comportamento não é exclusividade da capital paulista. Ele se replica em outras esferas, em outros parlamentos, contaminando todo o sistema representativo. Mas quando isso acontece na maior cidade do hemisfério sul, a repercussão é maior, o impacto é mais profundo, e o alerta precisa ser mais sonoro.

A pergunta que não quer calar é: até quando os vereadores paulistanos serão protagonistas de escândalos, cancelamentos, lacrações e vaidades? Quando irão, de fato, se lembrar que foram eleitos para legislar, fiscalizar e representar? Porque a paciência do eleitorado, embora resiliente, tem limite. E a omissão de agora pode custar muito caro nas urnas de amanhã.

A política não é — e nunca deveria ser — uma arena de vaidades e vinganças morais. Ela precisa ser o espaço do confronto de ideias, do diálogo técnico, da busca por soluções concretas. Mas, enquanto isso não acontece, a população assiste, estarrecida, à transformação da Câmara Municipal de São Paulo em um palco de entretenimento ideológico, onde o que importa não é o conteúdo das propostas, mas a capacidade de viralizar frases, lacrar em plenário e perseguir adversários.

Cris Monteiro, goste-se dela ou não, não cometeu crime. Expressou uma opinião. Discorde-se, debata-se, questione-se, mas jamais se criminalize a fala. Porque o dia em que o Legislativo punir a palavra, o próximo passo será punir o pensamento.

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UOL: “Lula erra ao não participar do 1º de Maio e mostra fragilidade do governo” https://emfatos.com/uol-lula-erra-ao-nao-participar-do-1o-de-maio-e-mostra-fragilidade-do-governo/ https://emfatos.com/uol-lula-erra-ao-nao-participar-do-1o-de-maio-e-mostra-fragilidade-do-governo/#respond Wed, 30 Apr 2025 19:26:19 +0000 https://emfatos.com/?p=3296 Lula não irá ao primeiro de maio. A ausência que já seria simbólica por si só torna-se ainda mais emblemática quando aliada a dois elementos cruciais do atual momento político: o recuo diante da proposta da jornada de trabalho 6 por 1 e o escândalo de corrupção no INSS, que já se configura como um […]

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Lula não irá ao primeiro de maio. A ausência que já seria simbólica por si só torna-se ainda mais emblemática quando aliada a dois elementos cruciais do atual momento político: o recuo diante da proposta da jornada de trabalho 6 por 1 e o escândalo de corrupção no INSS, que já se configura como um dos mais graves da história recente. Em vez de protagonismo, o que se vê é um presidente que prefere calar. Em vez de coragem, um governo que opta pelo silêncio conveniente, ainda que este ecoe como omissão.

Há momentos em que, mesmo sabendo que a batalha será perdida, o líder precisa enfrentar o bom combate. Precisa deixar claro de que lado está, mesmo que o Congresso — ou as “forças conservadoras”, como rotula a esquerda — imponha uma derrota. Não é vergonha perder defendendo uma causa justa; vergonha é se esconder para não ser associado à derrota. Vergonha é trair o discurso que sempre sustentou a própria imagem.

A escala 6×1, que permite que o trabalhador folgue apenas uma vez por semana, sempre foi alvo de críticas do próprio Lula. O agora presidente, quando sindicalista, sempre vociferou contra essa jornada que considera desumana, arcaica e exploradora. Mas, ao chegar ao poder, teve a oportunidade real de abraçar a causa, encampar o projeto, bater no peito e dizer: “estamos com os trabalhadores”. No entanto, fez justamente o contrário. Silenciou, recuou, evitou o confronto. Uma oportunidade histórica desperdiçada por puro cálculo político. Cálculo esse que revela medo, não estratégia.

E o medo se alastra para além da jornada de trabalho. Ele chega ao âmago do Estado: o Instituto Nacional do Seguro Social. O órgão que deveria proteger os direitos dos trabalhadores aposentados, agora é o centro de uma tempestade de corrupção. A Polícia Federal colocou nas ruas mais de 700 agentes em operações que resultaram em prisões, buscas e apreensões. Os alvos? Servidores públicos e intermediários que roubaram aposentados — brasileiros que contribuíram por décadas e agora são tratados como moeda de troca em esquemas ilícitos.

A reação do governo? Praticamente nenhuma. O presidente não fez sequer uma declaração pública. Limitou-se a acatar a decisão da Justiça que mandou afastar o presidente do INSS, e só. Nenhuma palavra de solidariedade às vítimas, nenhum gesto de empatia com os milhares de aposentados lesados. Nenhum sinal de que há indignação por parte de quem deveria ser o defensor máximo do cidadão. Quando o presidente não se posiciona diante de um crime dessa magnitude, o que ele comunica é cumplicidade ou, no mínimo, indiferença.

O silêncio de Lula não é apenas político; é também moralmente indefensável. Em um momento em que o país exige respostas, ele opta por desaparecer. Não é a primeira vez que age assim — mas talvez seja uma das mais impactantes. Afinal, não se trata de disputa partidária, mas de um assalto contra idosos, pessoas vulneráveis, vítimas da burocracia estatal e do desprezo institucional. Roubar aposentado é um dos crimes mais covardes que existem. E o silêncio diante disso é igualmente covarde.

A comunicação governamental, neste caso, falha gravemente. Um presidente que silencia diante de um escândalo que envolve diretamente o Estado e afeta a base mais frágil da sociedade perde autoridade moral. Perde o direito de discursar em nome dos trabalhadores. Perde o direito de se autodenominar representante do povo. E isso é um erro gravíssimo — um erro que pode custar caro. O povo perdoa erros, mas não perdoa a omissão.

Não é exagero dizer que Lula perdeu o Dia do Trabalhador. Perdeu simbolicamente, perdeu moralmente, perdeu politicamente. Um presidente que se esquiva da luta, que não enfrenta a derrota com altivez, que evita se posicionar por medo de se desgastar, mostra não apenas fragilidade, mas também uma crise profunda de convicções.

Se a proposta da jornada 6×1 era considerada um avanço civilizatório por seus apoiadores — e por ele mesmo no passado —, por que recuar? Por que não enfrentar as forças conservadoras no Congresso e, se derrotado, ao menos sair com a imagem de quem tentou, de quem defendeu o trabalhador? O que se viu foi um presidente que se esconde atrás das dificuldades parlamentares para não assumir o desgaste político. Mas o que é um líder senão alguém disposto a enfrentar as dificuldades?

Lula poderia ter feito um gesto simbólico, uma fala pública contundente, uma presença política inegociável no primeiro de maio. Poderia ter dito, aos quatro ventos, que estava ao lado do povo. Poderia ter olhado nos olhos dos aposentados e dito: “estou com vocês”. Mas preferiu o silêncio — um silêncio que dói, que fere, que trai. E que será lembrado.

É curioso observar que a base governista insiste em rotular qualquer oposição como conservadora, atrasada, reacionária. Mas, quando precisa do Congresso, recorre a esses mesmos deputados. Critica-os nas redes, mas os bajula nos bastidores. Essa contradição já não passa mais despercebida. O Brasil assiste a mais uma farsa institucionalizada. E o povo, que há muito tempo deixou de ser ingênuo, percebe isso com clareza.

O escândalo do INSS, ao lado da covardia no caso da jornada 6×1, forma um quadro desolador para um governo que se pretendia progressista. Um presidente que prefere se calar diante de uma crise, por medo de associar sua imagem ao fracasso, demonstra que a prioridade não é o povo, mas a manutenção do poder a qualquer custo.

E que custo é esse? O custo da moral pública, da confiança institucional, da lealdade ao discurso histórico. Lula, que fez sua carreira em cima da retórica do sindicalismo e da defesa dos mais fracos, hoje abandona os aposentados à própria sorte, abandona os trabalhadores à mercê do Congresso, e abandona o Brasil ao desalento de uma liderança ausente.

Tudo isso ocorre às vésperas de um momento simbólico: o Dia do Trabalhador. Um dia em que se esperava postura, firmeza, solidariedade, engajamento. Um dia que deveria ser marcado por pronunciamentos fortes, por promessas claras, por diretrizes públicas. Mas que será lembrado pela omissão presidencial, pelo silêncio constrangedor, e pela falta de coragem de enfrentar o bom combate.

A política exige riscos. Governar é escolher. E quando o governante não escolhe, ele na prática abdica de governar. O Brasil não precisa de um presidente que apenas ocupa uma cadeira no Planalto. Precisa de alguém que assuma responsabilidades, que enfrente crises, que fale com a nação nos momentos difíceis, que não fuja da luta, mesmo quando sabe que vai perder. Porque perder tentando é digno. Fugir é vergonhoso.

A crise no INSS continuará a crescer. As revelações da Polícia Federal virão em catadupa, como bem alertaram os analistas políticos. E quanto mais elas vierem, mais se cobrará um posicionamento presidencial. Um presidente não pode permanecer mudo diante de uma tragédia social e institucional dessa magnitude. O mínimo que se espera é empatia, solidariedade, indignação. E nada disso foi apresentado até agora. Silenciar é, de certo modo, compactuar.

Diante disso, resta ao povo brasileiro a reflexão: onde está o presidente quando o trabalhador é roubado? Onde está Lula quando o Brasil exige firmeza? Onde está o discurso da esquerda quando os fatos desmontam a narrativa?

O primeiro de maio de 2025 ficará marcado não por avanços sociais, mas por omissões imperdoáveis. Lula não foi ao evento. Não falou com os aposentados. Não defendeu o fim da jornada desumana. Não enfrentou os conservadores. Não demonstrou liderança. Simplesmente não esteve presente — nem física, nem moral, nem politicamente.

E quando o presidente da República se ausenta de tudo isso, o que sobra para o povo é a dura constatação: estamos sozinhos.

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Revista Oeste: “Lewandowski nega conflito em defesa feita por filho em caso do INSS” https://emfatos.com/revista-oeste-lewandowski-nega-conflito-em-defesa-feita-por-filho-em-caso-do-inss/ https://emfatos.com/revista-oeste-lewandowski-nega-conflito-em-defesa-feita-por-filho-em-caso-do-inss/#respond Wed, 30 Apr 2025 19:12:28 +0000 https://emfatos.com/?p=3293 O recente escândalo envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) trouxe à tona uma complexa teia de relações entre entidades investigadas por fraudes bilionárias e figuras proeminentes do cenário jurídico e político brasileiro. No epicentro dessa controvérsia está o Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas (Cebap), acusado de participar de um […]

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O recente escândalo envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) trouxe à tona uma complexa teia de relações entre entidades investigadas por fraudes bilionárias e figuras proeminentes do cenário jurídico e político brasileiro. No epicentro dessa controvérsia está o Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas (Cebap), acusado de participar de um esquema que desviou aproximadamente R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. A situação ganhou ainda mais destaque com a revelação de que o escritório de advocacia de Enrique Lewandowski, filho do atual ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, foi contratado pelo Cebap meses antes da deflagração da operação da Polícia Federal.

O contrato firmado entre o Cebap e o escritório de Enrique Lewandowski previa a prestação de serviços na área do direito administrativo, com foco na representação institucional da entidade junto a órgãos como o INSS, a Controladoria-Geral da União (CGU), o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça. O objetivo era assegurar a manutenção dos Acordos de Cooperação Técnica (ACTs), instrumentos que permitiam os descontos diretamente nas folhas de pagamento dos beneficiários. Importante ressaltar que o contrato não contemplava atuação na esfera criminal.

Em audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, o ministro Ricardo Lewandowski defendeu a legalidade do contrato, afirmando que não há qualquer atuação do escritório de seu filho junto ao Ministério da Justiça. Ele enfatizou que a atuação dos advogados é protegida por regras e comissões de ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e que não se pode confundir o advogado com seu cliente. Além disso, garantiu que a Polícia Federal possui total autonomia para conduzir as investigações e que todos os responsáveis pelos crimes serão punidos.

Apesar das declarações do ministro, o caso levantou questionamentos sobre possíveis conflitos de interesse e a necessidade de maior transparência nas relações entre entidades investigadas e escritórios de advocacia ligados a figuras públicas. A oposição no Congresso Nacional tem pressionado por esclarecimentos e medidas que garantam a imparcialidade das investigações. Parlamentares argumentam que, em situações como essa, é fundamental que autoridades públicas se afastem de qualquer envolvimento que possa comprometer a credibilidade das instituições.​

O escândalo também reacendeu debates sobre a necessidade de reformas no sistema previdenciário brasileiro e a implementação de mecanismos mais eficazes de controle e fiscalização. A magnitude das fraudes e o envolvimento de diversas entidades indicam falhas estruturais que precisam ser corrigidas para evitar que situações semelhantes ocorram no futuro. Especialistas defendem a revisão dos critérios para celebração de convênios e a criação de sistemas mais transparentes e acessíveis para os beneficiários.​

Além das implicações legais e políticas, o caso teve um impacto significativo na vida de milhões de aposentados e pensionistas que foram vítimas dos descontos indevidos. Muitos relataram dificuldades financeiras e a sensação de desamparo diante da complexidade do sistema e da falta de informações claras sobre seus direitos. Organizações da sociedade civil têm atuado para orientar e apoiar essas pessoas, mas destacam a necessidade de ações mais efetivas por parte do governo.​

Em resposta à pressão popular e política, o governo federal anunciou medidas para reforçar a fiscalização e prevenir novas fraudes. Entre as ações estão a revisão dos Acordos de Cooperação Técnica, o fortalecimento dos canais de denúncia e a implementação de auditorias periódicas nos convênios existentes. O Ministério da Justiça também se comprometeu a trabalhar em conjunto com outros órgãos para garantir que os responsáveis sejam responsabilizados e que os recursos desviados sejam recuperados.​

O caso do Cebap e do escritório de Enrique Lewandowski serve como um alerta sobre os riscos de relações inadequadas entre entidades públicas e privadas e a importância de manter a integridade e a transparência nas instituições. A sociedade brasileira espera que as investigações avancem de forma célere e que medidas concretas sejam tomadas para restaurar a confiança no sistema previdenciário e na justiça.​

Em suma, o escândalo envolvendo o INSS e o Cebap destaca a necessidade urgente de reformas estruturais, maior transparência e responsabilidade nas relações entre o setor público e privado. A atuação das autoridades competentes será crucial para garantir que os culpados sejam punidos e que os direitos dos aposentados e pensionistas sejam plenamente respeitados.

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Irmão de Lula admite que PT aparelhou espaços no Judiciário e nas Forças Armadas https://emfatos.com/irmao-de-lula-admite-que-pt-aparelhou-espacos-no-judiciario-e-nas-forcas-armadas/ https://emfatos.com/irmao-de-lula-admite-que-pt-aparelhou-espacos-no-judiciario-e-nas-forcas-armadas/#respond Wed, 30 Apr 2025 18:59:02 +0000 https://emfatos.com/?p=3288 Frei Chico, o irmão mais velho de Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a ser assunto nas redes sociais como mostra Oeste Sem Filtros, após uma entrevista reveladora à revista Fórum, na qual confessa publicamente o que muitos brasileiros conservadores já suspeitavam: o projeto de poder da esquerda passa pela infiltração ideológica nos pilares do […]

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Frei Chico, o irmão mais velho de Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a ser assunto nas redes sociais como mostra Oeste Sem Filtros, após uma entrevista reveladora à revista Fórum, na qual confessa publicamente o que muitos brasileiros conservadores já suspeitavam: o projeto de poder da esquerda passa pela infiltração ideológica nos pilares do Estado. Com uma tranquilidade quase cínica, o veterano militante comunista escancara um plano de aparelhamento que envolve a ocupação gradual e estratégica de cargos no Judiciário, no Ministério Público e até nas Forças Armadas. Tudo isso “sem alarde”, como ele mesmo define. A entrevista, evidentemente, foi solenemente ignorada pelos grandes veículos da imprensa tradicional — talvez porque ela revele mais do que eles estão dispostos a admitir.

Mas vamos por partes. O que Frei Chico declara não é apenas uma opinião de um militante aposentado; é uma confissão escancarada de um projeto de dominação silenciosa, uma engenharia política que não visa disputar ideias, mas sim tomar o controle institucional por dentro, enquanto o povo brasileiro assiste, desinformado e manipulado. E isso não é uma teoria conspiratória — é um plano descrito por um membro da própria família de Lula, um homem que, segundo relatos, sempre foi o “mentor político” do ex-presidente. A confissão explícita revela um sistema de infiltração programada, operando dentro dos tribunais, dos quartéis, dos sindicatos e dos bastidores do serviço público, com o objetivo de desmantelar qualquer resquício de conservadorismo que ainda resista.

A frase que mais choca — e que deveria estar em manchetes nacionais — é a seguinte: “Qualquer partido de esquerda que queira chegar ao poder tem que fazer uma programação, com pé no chão, sem alarde, e infiltrando militantes dentro dos órgãos públicos. Juiz, promotor, procurador, e também dentro dos militares.” Ou seja, o que se descreve aqui é uma revolução silenciosa, sem tiros, mas com carimbos, sentenças e decretos. Trata-se de substituir o debate público por controle interno, de trocar o voto consciente pela manipulação institucional.

Enquanto isso, a grande mídia segue calada. Nenhum editorial do Globo, nenhuma nota de repúdio da Folha, nenhum comentário indignado no Jornal Nacional. A mesma imprensa que transformou denúncias vazias em escândalos internacionais, agora se cala diante de um plano sistemático de aparelhamento estatal. A mesma imprensa que promoveu juízes militantes como heróis da democracia, hoje silencia sobre o verdadeiro projeto autoritário que se desenha nos bastidores do poder. E quando o silêncio da imprensa se soma ao silêncio das instituições, o que resta é o colapso democrático disfarçado de normalidade institucional.

E não é só isso. As palavras de Frei Chico revelam um desprezo profundo pelo Brasil conservador, pelas pessoas que acreditam na meritocracia, na honestidade, na liberdade de expressão e na separação entre os Poderes. A fala dele escancara a verdade: para a esquerda, o problema do Brasil são os conservadores. São eles os alvos a serem eliminados, não por meio de leis, nem por argumentos, mas por expurgos administrativos, por decisões judiciais enviesadas, por perseguições disfarçadas de legalidade.

E onde está o Supremo Tribunal Federal diante disso? Onde estão os guardiões da Constituição? Estão em silêncio, ou ocupados em perseguir opositores políticos, monitorando redes sociais e censurando jornalistas, como se a liberdade de expressão fosse um privilégio concedido pelo Estado, e não um direito natural de todo cidadão. Alexandre de Moraes, o ministro que se julga onipresente, nada diz. Afinal, ele não se mete quando se trata da esquerda, apenas quando há a necessidade de calar quem pensa diferente.

O que mais espanta não é o plano em si, mas sim a naturalidade com que ele é apresentado, como se fosse algo legítimo, necessário, um mal menor em nome de uma causa maior. Isso é o mais perigoso. Porque um plano como esse não se concretiza da noite para o dia — ele precisa de anos de doutrinação, aparelhamento e cumplicidade institucional. E é isso que está acontecendo no Brasil, diante dos nossos olhos, enquanto uma parte da população segue hipnotizada por narrativas falaciosas, promessas vazias e slogans populistas.

Enquanto isso, os pobres seguem sendo roubados — não com armas, mas com desinformação, impostos abusivos e serviços públicos miseráveis. A esquerda adora falar em taxação das grandes fortunas, mas no final das contas, quem paga a conta é o trabalhador, o empreendedor, o agricultor, o caminhoneiro. O PT não sobrevive sem a pobreza e a ignorância, porque quanto mais o povo aprende, menos vota no PT. Isso é um fato matemático: a educação e a informação são as maiores ameaças ao projeto da esquerda.

E aqui entra o ponto mais obsceno da fala de Frei Chico: o desprezo pelo povo pobre. Ele não sente compaixão, não demonstra empatia, não se revolta com a miséria institucionalizada. Pelo contrário, ele a vê como instrumento de poder. O PT se alimenta do sofrimento, não para resolvê-lo, mas para usá-lo como moeda eleitoral. É por isso que, mesmo após décadas de poder, o partido nunca promoveu uma verdadeira revolução educacional, nem investiu em formação crítica — porque povo educado é povo livre, e povo livre não vota em tiranos disfarçados de salvadores.

E como a imprensa trata isso? Com cumplicidade covarde, com editoriais mornos, com silêncio ensurdecedor. Não há investigação, não há denúncia, não há escândalo. Se um conservador dissesse algo semelhante, já estaria preso, censurado ou exilado. Mas como foi o irmão do Lula, tudo vira “opinião pessoal”, “declaração polêmica”, “frase tirada de contexto”. É a velha regra da hipocrisia nacional: se for da esquerda, tudo é desculpável; se for da direita, tudo é crime.

E onde está a sociedade civil organizada? Onde estão os movimentos que dizem lutar pela democracia? Onde estão os juristas preocupados com a Constituição? Estão em silêncio. Porque no Brasil, a democracia virou um conceito seletivo — vale apenas para quem pensa do jeito certo. Os demais, que se calem. E se não se calarem, que sejam calados.

Enquanto isso, Lula segue blindado, o PT segue operando nas sombras, e Frei Chico continua sendo tratado como figura folclórica, quando na verdade deveria estar sendo investigado por propor, publicamente, um plano de infiltração ideológica em instituições de Estado. Isso, em qualquer país sério, seria tratado como uma ameaça à segurança nacional. Mas no Brasil, é apenas mais uma terça-feira qualquer.

O povo brasileiro precisa abrir os olhos. Não estamos diante de um projeto político — estamos diante de um projeto de poder. Um projeto que não se constrói nas urnas, mas nos bastidores das instituições, na ocupação silenciosa dos cargos estratégicos, na manipulação do sistema judicial, na destruição do contraditório. É isso que Frei Chico confessa com todas as letras. E se a imprensa não vai dizer isso, nós diremos.

Afinal, se Frei Chico pode propor infiltração ideológica sem consequências, qual o limite da subversão institucional no Brasil? Onde está a linha vermelha que não pode ser cruzada? E quem vai traçá-la, se todos os pilares estão sendo lentamente corroídos de dentro para fora?

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CNDH ataca lei da anistia ignorando o clamor popular por justiça e reconciliação https://emfatos.com/cndh-ataca-lei-da-anistia-ignorando-o-clamor-popular-por-justica-e-reconciliacao/ https://emfatos.com/cndh-ataca-lei-da-anistia-ignorando-o-clamor-popular-por-justica-e-reconciliacao/#respond Tue, 08 Apr 2025 12:58:28 +0000 https://emfatos.com/?p=3284 A recente decisão do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, de emitir uma nota contrária à proposta de anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023, levanta questões cruciais sobre a imparcialidade e os verdadeiros objetivos por trás de tal posicionamento. A nota, […]

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Ato na avenida Paulista em defesa da anistia aos condenados pelo 8 de janeiro – Eduardo Knapp/Folhapress

A recente decisão do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, de emitir uma nota contrária à proposta de anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023, levanta questões cruciais sobre a imparcialidade e os verdadeiros objetivos por trás de tal posicionamento. A nota, aprovada unanimemente, argumenta que a movimentação parlamentar para apresentar um projeto de lei de anistia “constitui evidente violação aos interesses da sociedade” e da democracia. Contudo, é imperativo questionar: a quem realmente serve essa narrativa?​

Observa-se uma tendência preocupante de setores alinhados ao atual governo em rotular manifestações de oposição como “golpistas” ou “extremistas”, enquanto episódios de violência e desrespeito à ordem por parte de grupos alinhados à esquerda são frequentemente minimizados ou ignorados. Essa disparidade no tratamento revela uma tentativa de silenciar vozes conservadoras e legitimar uma agenda política específica, em detrimento do verdadeiro espírito democrático que preza pelo pluralismo e pelo respeito às divergências ideológicas.​

A presidente do CNDH, Charlene Borges, afirma que qualquer tentativa de anistiar os responsáveis pelos eventos de 8 de janeiro “fragiliza o pacto democrático e agride o princípio da igualdade perante a lei”. Entretanto, é válido recordar que a história política recente do Brasil está repleta de exemplos onde a anistia foi utilizada como instrumento de pacificação nacional, visando superar períodos de turbulência e promover a reconciliação. Negar essa possibilidade apenas para determinados grupos sugere uma aplicação seletiva da justiça, o que, paradoxalmente, pode minar a própria credibilidade das instituições que dizem defender a democracia.​

Além disso, pesquisas recentes indicam que uma parcela significativa da população brasileira é contrária à concessão de anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Porém, é crucial analisar o contexto em que tais pesquisas são conduzidas e como as perguntas são formuladas, pois isso pode influenciar diretamente os resultados obtidos. A opinião pública é, muitas vezes, moldada por narrativas midiáticas predominantes que podem não refletir a totalidade dos fatos ou oferecer uma visão equilibrada dos acontecimentos.

A tentativa de pressionar o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a arquivar o projeto de lei da anistia, conforme reportado, é mais um indicativo de como determinados grupos buscam influenciar o processo legislativo para atender a interesses específicos. Essa movimentação, travestida de defesa da democracia, pode, na realidade, representar uma ameaça ao equilíbrio entre os poderes e ao direito legítimo de representação política de todos os segmentos da sociedade.​

Em suma, a postura adotada pelo CNDH e por outros órgãos alinhados ao atual governo levanta sérias dúvidas sobre a imparcialidade e o compromisso dessas instituições com os princípios democráticos. A seletividade na aplicação da justiça e a tentativa de silenciar vozes dissidentes são características de regimes autoritários, não de democracias sólidas e maduras. É fundamental que a sociedade brasileira permaneça vigilante e crítica em relação a essas movimentações, assegurando que a verdadeira democracia, baseada no respeito às diferenças e na igualdade de tratamento perante a lei, seja preservada.

Com informações Folha de S.Paulo

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“Não cabe anistia a quem atacou o Estado de Direito…”, diz Humberto Costa do PT https://emfatos.com/nao-cabe-anistia-a-quem-atacou-o-estado-de-direito-diz-humberto-costa-do-pt/ https://emfatos.com/nao-cabe-anistia-a-quem-atacou-o-estado-de-direito-diz-humberto-costa-do-pt/#respond Tue, 08 Apr 2025 12:21:53 +0000 https://emfatos.com/?p=3277 ​A recente declaração do senador Humberto Costa, do Partido dos Trabalhadores (PT), em sua página no X @senadorhumberto, afirmando que “não cabe anistia a quem atacou o Estado de Direito”, é uma manifestação de hipocrisia política que não pode passar despercebida. Vinda de um partido historicamente envolvido em escândalos de corrupção que abalaram as estruturas […]

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Deputado federal Humberto Costa (PT) – Foto: Roberto Stuckert Filho

​A recente declaração do senador Humberto Costa, do Partido dos Trabalhadores (PT), em sua página no X @senadorhumberto, afirmando que “não cabe anistia a quem atacou o Estado de Direito”, é uma manifestação de hipocrisia política que não pode passar despercebida. Vinda de um partido historicamente envolvido em escândalos de corrupção que abalaram as estruturas democráticas do Brasil, tal afirmação soa como uma tentativa de reescrever a história e desviar a atenção dos próprios delitos.​

O PT, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, esteve no centro de diversos escândalos que comprometeram a integridade das instituições brasileiras. O Mensalão, revelado em 2005, expôs um esquema de compra de votos no Congresso Nacional, onde parlamentares recebiam pagamentos mensais para apoiar projetos do governo. Esse episódio não apenas evidenciou a corrupção sistêmica, mas também revelou o desprezo pela democracia e pelo Estado de Direito por parte daqueles que agora se colocam como seus defensores.​

Posteriormente, a Operação Lava Jato desvendou um esquema ainda mais amplo de desvio de recursos públicos, envolvendo a Petrobras e grandes empreiteiras, como a Odebrecht. As investigações mostraram que o PT e seus aliados estabeleceram uma rede de corrupção que drenou bilhões dos cofres públicos, minando a confiança da população nas instituições e enfraquecendo os pilares da democracia brasileira.

Além disso, o escândalo dos Sanguessugas, que veio à tona em 2006, revelou um esquema de superfaturamento na compra de ambulâncias, envolvendo parlamentares que destinavam emendas para a aquisição de veículos com preços inflacionados, em troca de propinas. O PT, mais uma vez, estava entre os partidos implicados, demonstrando uma recorrente prática de corrupção e desrespeito ao erário público.

Diante desse histórico, é no mínimo irônico que um representante do PT fale em defesa do Estado de Direito e condene anistias. O partido que, por anos, operou esquemas que corroeram as bases democráticas do país, agora busca se posicionar como guardião da moralidade e da legalidade. Essa postura revela uma tentativa de manipular a narrativa política, desviando o foco de suas próprias transgressões e apontando o dedo para outros.​

A estratégia é clara: ao adotar um discurso de defesa da democracia e do Estado de Direito, o PT busca reconstruir sua imagem pública e recuperar a confiança perdida. No entanto, para aqueles que acompanharam de perto os desdobramentos dos inúmeros escândalos protagonizados pelo partido, essa tentativa soa vazia e desprovida de credibilidade.​

É fundamental que a sociedade brasileira mantenha uma memória política ativa e crítica. Não se pode permitir que discursos oportunistas e revisionistas apaguem ou minimizem os danos causados por anos de corrupção e má gestão. A verdadeira defesa do Estado de Direito passa pelo reconhecimento dos erros cometidos, pela responsabilização dos envolvidos e pela implementação de medidas concretas que impeçam a repetição de tais práticas.​

Portanto, ao ouvir declarações como a do senador Humberto Costa, é imprescindível questionar a legitimidade de tais posicionamentos e lembrar do histórico do partido que ele representa. A defesa da democracia e do Estado de Direito não pode ser usada como ferramenta retórica por aqueles que, no passado recente, contribuíram para seu enfraquecimento. A reconstrução da confiança nas instituições brasileiras exige coerência, transparência e, acima de tudo, compromisso genuíno com os valores democráticos.

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Lula culpa Bolsonaro por espionar Paraguai através da ABIN https://emfatos.com/lula-culpa-bolsonaro-por-espionar-paraguai-atraves-da-abin/ https://emfatos.com/lula-culpa-bolsonaro-por-espionar-paraguai-atraves-da-abin/#respond Fri, 04 Apr 2025 12:15:02 +0000 https://emfatos.com/?p=3273 ​Em um cenário internacional onde as relações diplomáticas são constantemente testadas por ações que desafiam a soberania nacional, o recente episódio envolvendo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o governo paraguaio emerge como um caso emblemático das complexidades e riscos inerentes às operações de inteligência. A revelação de que a Abin conduziu uma operação […]

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

​Em um cenário internacional onde as relações diplomáticas são constantemente testadas por ações que desafiam a soberania nacional, o recente episódio envolvendo a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o governo paraguaio emerge como um caso emblemático das complexidades e riscos inerentes às operações de inteligência. A revelação de que a Abin conduziu uma operação hacker contra autoridades paraguaias para obter informações sobre as negociações do tratado da usina hidrelétrica de Itaipu lançou uma sombra sobre a integridade das relações bilaterais entre Brasil e Paraguai.​

A decisão do Paraguai de convocar seu embaixador no Brasil, Juan Ángel Delgadillo, e exigir explicações detalhadas do governo brasileiro, não é apenas uma formalidade diplomática; é uma manifestação explícita de descontentamento e uma ferramenta de pressão que sinaliza a gravidade com que o país vizinho encara a situação. Na esfera diplomática, tal medida é frequentemente utilizada para expressar insatisfação e provocar uma resposta do país em questão.​

A operação em questão, conforme reportado, teve suas raízes ainda na administração anterior, sob o comando de Jair Bolsonaro, mas foi efetivamente executada durante a gestão atual de Luiz Inácio Lula da Silva. Essa continuidade operacional levanta questões sobre a supervisão e o controle das atividades de inteligência no Brasil, especialmente quando tais ações têm o potencial de comprometer relações internacionais e violar princípios de soberania nacional.​

O Ministério Público do Paraguai, ao abrir uma investigação criminal sobre o incidente, aponta para possíveis infrações às leis paraguaias, incluindo acesso indevido a dados e sistemas informáticos. Essa iniciativa não apenas destaca a seriedade com que o Paraguai está tratando o assunto, mas também sinaliza a possibilidade de implicações legais para os envolvidos, potencialmente estendendo-se a cidadãos brasileiros.​

A suspensão indefinida das negociações sobre as tarifas da hidrelétrica de Itaipu, anunciada pelo Paraguai, adiciona uma camada adicional de complexidade ao cenário. Itaipu, uma joint venture entre Brasil e Paraguai, é um componente crítico da infraestrutura energética de ambos os países. A interrupção das negociações pode ter repercussões significativas não apenas na esfera diplomática, mas também nos setores econômico e energético.​

O governo brasileiro, por sua vez, negou qualquer envolvimento na operação de espionagem, atribuindo a responsabilidade à administração anterior. No entanto, relatos indicam que a operação foi autorizada em 2022 e continuou sob a atual gestão até ser interrompida em março de 2023. Essa sobreposição de administrações no contexto da operação levanta questões sobre a continuidade das políticas de inteligência e a responsabilidade institucional.

A instalação de uma Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência pelo Congresso Nacional brasileiro é uma resposta interna à crise, refletindo uma tentativa de reforçar a supervisão e a transparência nas operações de inteligência. No entanto, resta saber se essa medida será suficiente para restaurar a confiança tanto no âmbito doméstico quanto no internacional.​

Este incidente ressalta a delicada linha que separa as operações de inteligência legítimas daquelas que podem ser percebidas como violações da soberania de outras nações. Embora a espionagem seja uma prática comum no cenário internacional, quando descoberta, pode minar relações diplomáticas e desencadear crises que transcendem o âmbito político, afetando áreas como comércio, segurança e cooperação regional.​

Além disso, a situação destaca a importância de uma governança robusta e de mecanismos de supervisão eficazes para as agências de inteligência. A falta de transparência e controle pode resultar em ações que não apenas comprometem a posição internacional do país, mas também violam princípios democráticos e o estado de direito.​

A reação da comunidade internacional a este episódio será um indicativo de como tais ações são percebidas no contexto das normas e práticas diplomáticas contemporâneas. Países que valorizam a soberania nacional e o respeito mútuo podem ver o incidente como um precedente preocupante, potencialmente influenciando suas próprias políticas de inteligência e relações exteriores.​

Para o Brasil, este é um momento de introspecção e avaliação crítica de suas políticas e práticas de inteligência. A confiança, uma vez abalada, é difícil de ser restaurada, e as ramificações de tais ações podem ser de longo alcance, afetando não apenas as relações bilaterais com o Paraguai, mas também a posição do Brasil no cenário internacional.​

Em última análise, este episódio serve como um lembrete contundente dos perigos de operações de inteligência descontroladas e das potenciais consequências de curto e longo prazo que podem surgir quando a soberania de uma nação é comprometida. A diplomacia, fundamentada no respeito mútuo e na transparência, continua sendo a pedra angular das relações internacionais estáveis e produtivas.​

O Brasil agora enfrenta o desafio de navegar por essa crise diplomática, buscando reparar os danos causados e restaurar a confiança com o Paraguai e outros parceiros internacionais. Isso exigirá não apenas medidas corretivas imediatas, mas também uma revisão abrangente das práticas de inteligência e dos mecanismos de supervisão para garantir que tais incidentes não se repitam no futuro.​

A comunidade internacional estará observando atentamente como o Brasil lida com esta situação, pois as implicações vão além das fronteiras nacionais, tocando nos princípios fundamentais que regem as relações entre estados soberanos. A maneira como o Brasil responde poderá servir como um caso de estudo sobre a gestão de crises diplomáticas e a importância da integridade nas operações de inteligência.​

Em tempos onde a informação é tanto uma ferramenta quanto uma arma, a ética e a legalidade nas operações de inteligência tornam-se não apenas desejáveis, mas essenciais para a manutenção da ordem internacional e do respeito mútuo entre as nações. O equilíbrio entre segurança nacional e respeito pela soberania alheia é delicado, e a balança deve sempre pender para o lado da justiça e da integridade.​

O episódio entre Brasil e Paraguai é um alerta para todas as nações sobre os riscos de ultrapassar limites éticos e legais em nome da segurança ou interesses nacionais. As consequências podem ser profundas e duradouras, afetando não apenas as relações bilaterais, mas também a reputção global do país envolvido.

Diante disso, resta ao governo brasileiro a difícil tarefa de reconstruir pontes e tentar minimizar os danos causados por essa ação da Abin. Mas não será fácil, afinal, a espionagem estatal, quando descoberta, costuma gerar um desgaste diplomático que pode levar anos para ser revertido. O Paraguai, ao reagir de maneira firme, deixou claro que não pretende varrer o problema para debaixo do tapete, e sua decisão de suspender as negociações sobre as tarifas da usina de Itaipu é um golpe significativo na relação entre os dois países.

Mas há algo ainda mais preocupante: se o Brasil foi capaz de agir dessa maneira contra um vizinho e parceiro estratégico, o que impede que outras nações vejam o país como um agente desestabilizador na América do Sul? A confiança, no campo diplomático, é construída com base na previsibilidade e no respeito aos acordos firmados. Quando um governo quebra essa confiança, o resultado pode ser um isolamento gradual, com consequências econômicas e geopolíticas imprevisíveis.

Sejamos francos: não é de hoje que as agências de inteligência operam na linha tênue entre o aceitável e o ilegal. Desde a Guerra Fria, casos de espionagem entre aliados e adversários são uma realidade. Mas há uma diferença fundamental entre ações sigilosas e operações amadoras que acabam expostas na imprensa. O vazamento desse escândalo revela uma fragilidade na inteligência brasileira que deveria preocupar a todos. Se uma operação desse calibre foi descoberta, que garantias há de que outras ações clandestinas não estejam à beira de virem à tona?

O governo Lula, por sua vez, tenta se descolar da crise, jogando a culpa na administração anterior. Mas esse discurso tem limites. Se a espionagem começou em 2022, ainda sob Bolsonaro, por que não foi interrompida imediatamente assim que Lula assumiu? Como explicar a continuidade da operação por meses? Essa é a pergunta que incomoda e que dificilmente terá uma resposta convincente sem comprometer a atual administração.

O cenário, portanto, é duplamente preocupante. No plano internacional, o Brasil se desgasta com um aliado estratégico. No plano interno, o episódio levanta dúvidas sobre o controle governamental sobre os órgãos de inteligência. Quem realmente está no comando? Quem deu as ordens? E, principalmente, o que mais pode estar acontecendo longe dos olhos da população?

O Congresso brasileiro, ao anunciar a criação de uma comissão para investigar o caso, faz um movimento esperado, mas que dificilmente resultará em punições concretas. A história recente mostra que escândalos dessa magnitude são geralmente abafados com o tempo, diluídos por novas crises e disputas políticas. Mas isso não significa que a questão será esquecida pelos vizinhos sul-americanos, especialmente pelo Paraguai, que tem interesses diretos em manter a segurança de suas comunicações e negociações estratégicas.

Se há algo a ser aprendido com esse episódio, é que o Brasil precisa urgentemente rever sua política de inteligência. Um país que age como um espião desastrado não é respeitado no cenário internacional. Quando se joga esse tipo de jogo, é preciso ter absoluta certeza de que não se será pego – e, caso seja, que as consequências não sejam catastróficas. No caso de Itaipu, o estrago já está feito. O Brasil que lute para reparar sua imagem antes que o custo diplomático se torne irreversível.

Com informações UOL

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Macron arrisca afundar a Europa, ao pedir boicote de empresas francesas ao EUA https://emfatos.com/macron-arrisca-afundar-a-europa-ao-pedir-boicote-de-empresas-francesas-ao-eua/ https://emfatos.com/macron-arrisca-afundar-a-europa-ao-pedir-boicote-de-empresas-francesas-ao-eua/#respond Thu, 03 Apr 2025 19:40:07 +0000 https://emfatos.com/?p=3269 A cena se repete como um velho roteiro político europeu: um líder francês indignado, um apelo dramático e uma ameaça vazia contra os Estados Unidos. Emmanuel Macron, em mais um de seus surtos de grandiloquência, decidiu ordenar que as empresas francesas suspendam todos os seus investimentos na maior economia do planeta. O motivo? Uma nova […]

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Presidente dos EUA, Donald Trump, e Emmanuel Macron da França

A cena se repete como um velho roteiro político europeu: um líder francês indignado, um apelo dramático e uma ameaça vazia contra os Estados Unidos. Emmanuel Macron, em mais um de seus surtos de grandiloquência, decidiu ordenar que as empresas francesas suspendam todos os seus investimentos na maior economia do planeta. O motivo? Uma nova taxação global imposta pelo ex-presidente Donald Trump, agora de volta ao poder com o mesmo pragmatismo econômico que sempre caracterizou sua administração. A reação francesa, como de costume, mistura arrogância, vitimismo e um profundo desconhecimento da realidade econômica global.

O presidente francês, em tom teatral, argumentou que a economia americana e os próprios cidadãos dos EUA sairão “mais fracos e pobres” com a medida de Trump. A ironia dessa declaração salta aos olhos. A França, atolada em uma crise econômica persistente, vê sua competitividade minguar ano após ano, sufocada por um Estado inchado, um mercado de trabalho engessado e políticas socialistas que desencorajam o empreendedorismo. Enquanto isso, os Estados Unidos, sob a administração Trump, recuperam seu dinamismo econômico, atraindo investimentos e fortalecendo sua indústria. Mas, claro, para Macron, o problema não é a ineficiência francesa, mas a audácia americana de proteger seus interesses.

Não é a primeira vez que Macron tenta assumir a posição de líder moral e econômico da União Europeia. Sua retórica já virou um espetáculo previsível: criticar os EUA, propor respostas conjuntas europeias (que nunca saem do papel) e, no final, nada mudar. A verdade é que a França depende dos Estados Unidos mais do que quer admitir. Empresas francesas de tecnologia, luxo, automobilismo e energia têm uma presença significativa no mercado americano. Dificilmente abrirão mão dos lucros e das oportunidades que encontram no país de Trump apenas para satisfazer o ego presidencial de Macron.

A postura do governo francês escancara um dos problemas estruturais da União Europeia: sua incapacidade de agir de forma pragmática no cenário global. Enquanto os EUA tomam medidas concretas para proteger sua economia, a Europa se afunda em discussões burocráticas, consensos impossíveis e respostas ineficazes. O bloco europeu já perdeu protagonismo econômico e industrial para os Estados Unidos e a China, e, com líderes como Macron, a tendência é que essa decadência se acelere.

Além disso, há um aspecto cômico nessa tentativa de retaliação econômica francesa. A França, cuja economia representa pouco mais de 3% do PIB mundial, acha que pode impactar significativamente os EUA, que detêm quase 25% da economia global. As empresas francesas que decidirem cortar investimentos nos Estados Unidos logo perceberão que seus concorrentes alemães, britânicos e asiáticos ocuparão rapidamente o espaço deixado. Em outras palavras, Macron está pedindo que seus empresários abram mão de mercados lucrativos em favor de uma estratégia política condenada ao fracasso.

Enquanto isso, Donald Trump segue firme em sua postura nacionalista e pragmática. Ele sabe que os interesses americanos vêm antes de qualquer consideração sentimental sobre “cooperação global” ou “solidariedade europeia”. Sua abordagem é simples e eficaz: os EUA continuarão sendo o melhor destino para investimentos estrangeiros porque oferecem segurança jurídica, inovação e um ambiente favorável ao crescimento econômico. Se Macron quer insistir em uma birra geopolítica, problema dele. O mundo dos negócios, afinal, não se move por discursos inflamados, mas por resultados concretos.

A verdade é que essa medida de Macron é um teatro político para seu eleitorado interno. Enfrentando baixos índices de aprovação e um cenário político conturbado, ele tenta se vender como o defensor dos interesses europeus contra a “agressividade” americana. Mas, no fundo, empresários franceses sabem que essa é uma batalha perdida. No jogo da economia global, a França pode tentar se colocar como adversária dos Estados Unidos, mas nunca conseguirá se igualar em força, inovação e competitividade. E Macron, apesar de seu discurso inflado, sabe disso muito bem.

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Planalto: “Viagem de Janja ao Japão não teve custos para o governo” https://emfatos.com/planalto-viagem-de-janja-ao-japao-nao-teve-custos-para-o-governo/ https://emfatos.com/planalto-viagem-de-janja-ao-japao-nao-teve-custos-para-o-governo/#respond Thu, 03 Apr 2025 18:42:37 +0000 https://emfatos.com/?p=3265 A viagem de Janja Lula da Silva ao Japão, conforme comunicado oficial do Palácio do Planalto, teria ocorrido sem custos ao erário. Mas qualquer observador atento da política brasileira sabe que, quando um governo precisa repetir inúmeras vezes que algo “não teve custos”, é justamente aí que deve residir o ponto de questionamento. A primeira-dama […]

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Lula e Janja se encontraram com o imperador do Japão, Naruhito, e com a imperatriz, Masako

A viagem de Janja Lula da Silva ao Japão, conforme comunicado oficial do Palácio do Planalto, teria ocorrido sem custos ao erário. Mas qualquer observador atento da política brasileira sabe que, quando um governo precisa repetir inúmeras vezes que algo “não teve custos”, é justamente aí que deve residir o ponto de questionamento.

A primeira-dama teria embarcado em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) junto com a equipe precursora, um grupo técnico responsável por preparar a chegada do presidente da República. No papel, tudo parece dentro da normalidade institucional. No entanto, a questão de fundo não é o simples deslocamento, mas a forma como essa presença se desenrola nos bastidores do poder. Janja não é apenas a esposa de Lula; ela é um ator político relevante dentro deste governo. Seu protagonismo, que se estende desde os bastidores da campanha até os palcos da política externa, levanta uma série de dúvidas sobre a real natureza de sua participação na estrutura decisória do governo petista.

Curiosamente, Janja desembarcou em Tóquio uma semana antes de Lula. Nenhuma explicação convincente foi dada sobre a necessidade dessa antecipação. A justificativa oficial, segundo sua equipe, é que ela foi junto à equipe precursora para “economizar passagem aérea”. Em um governo que prega transparência e compromisso com os gastos públicos, essa é uma desculpa que não resiste a um escrutínio mínimo. Afinal, há diferença entre um deslocamento técnico de profissionais do governo e uma presença política influente, que tem se mostrado cada vez mais evidente no comportamento da primeira-dama.

Na edição do Diário Oficial da União (DOU) de 1º de abril de 2025, Janja apareceu como o primeiro nome na lista dos 23 integrantes da comitiva presidencial, acompanhada da rubrica “sem ônus”. Ao lado dela, apenas o embaixador do Brasil no Japão, Octávio Henrique Côrtes, recebeu essa mesma designação. Todos os demais, incluindo ministros e representantes de órgãos governamentais, estavam claramente listados com suas respectivas responsabilidades orçamentárias. A pergunta inevitável é: seria apenas uma conveniência administrativa ou há algo mais obscuro nesse mecanismo de classificação de custos?

A oposição, como esperado, não deixou passar a oportunidade de criticar a presença de Janja. Desde o início do governo, há um incômodo crescente com o protagonismo da primeira-dama e, sobretudo, com os custos de sua equipe. Em 2023 e 2024, segundo levantamentos independentes, os assessores designados para atendê-la custaram aproximadamente R$ 1,9 milhão por ano. Um montante considerável para alguém que, oficialmente, não ocupa cargo público nem tem um gabinete formal dentro da administração federal.

A resposta do governo a essas críticas seguiu a cartilha petista: minimizar as alegações e atribuir tudo a uma suposta perseguição política da oposição e da imprensa não alinhada. Lula, ao ser questionado sobre o tema, foi enfático: “Janja não é clandestina e vai continuar fazendo o que ela gosta”. A frase não poderia ser mais reveladora. Mais do que um gesto de defesa conjugal, essa declaração indica que o presidente vê sua esposa como uma peça fundamental no governo, algo que, evidentemente, não é compartilhado por grande parte da população.

Esse protagonismo político de Janja levanta questões profundas sobre os limites entre o papel institucional de um chefe de Estado e as influências informais que permeiam o Palácio do Planalto. Seria este o governo de Luiz Inácio Lula da Silva ou o governo de Lula e Janja? A ascensão da primeira-dama como figura pública vai muito além do convencional. Se compararmos sua atuação com a de primeiras-damas anteriores, mesmo em governos do PT, nenhuma delas desfrutou de tamanha centralidade no processo político.

A participação de Janja em viagens internacionais e eventos de alto nível não pode ser simplesmente ignorada como um detalhe protocolar. Existe um custo implícito na sua presença — seja no uso de aeronaves oficiais, na ocupação de espaços de representação ou mesmo na influência política que ela exerce dentro do governo. E é exatamente esse custo que deveria ser melhor esclarecido.

O que se vê, no entanto, é um governo que prefere se blindar atrás de narrativas artificiais de “transparência”, enquanto subestima a inteligência do eleitorado. O brasileiro comum, que luta diariamente para pagar suas contas, tem o direito de saber por que a esposa do presidente tem um papel tão ativo, embora não oficialmente nomeado, dentro da máquina pública.

A viagem ao Japão, assim como tantas outras questões envolvendo Janja, mostra como o petismo transformou o governo em um feudo particular, onde alianças políticas e influências pessoais se sobrepõem à estrutura institucional do Estado. O Brasil precisa urgentemente de uma imprensa mais combativa, disposta a expor os bastidores do poder sem medo de retaliações. Pois se há algo que a história nos ensina é que, quando o governo precisa insistir que algo é “sem custos”, provavelmente o preço já foi pago — e quem pagou, como sempre, foi o povo brasileiro.

Com informações Poder 360

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