
Ah, Brasil, esse país onde a política é uma novela interminável, cheia de traições, alianças improváveis e vilões que insistem em trocar de papel conforme a conveniência do roteiro. Agora, o novo comando do Congresso Nacional resolve se unir para tentar barrar o que veem como uma santa aliança entre o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Porque, claro, se tem uma coisa que político detesta, é ver outro poder se metendo onde eles querem reinar sozinhos.
Os ilustres Hugo Motta e Davi Alcolumbre resolveram que agora serão os paladinos da independência do Legislativo. E por que essa preocupação toda? Simples: emendas parlamentares. Porque quando o dinheiro começa a ficar curto e o STF e o Executivo começam a botar a mão no cofre, aí sim a democracia vira uma prioridade. Antes disso, estava tudo muito bem, obrigado.
A estratégia? Revisar os procedimentos do antigo comando da Câmara e do Senado e, quem sabe, apertar o cerco para garantir que o Congresso tenha mais controle sobre os próprios interesses. Mas calma lá, não se trata de melhorar a transparência ou garantir que o dinheiro público seja usado corretamente. A ideia é assegurar que as regras do jogo beneficiem aqueles que estão jogando agora. Afinal, política brasileira é como uma festa: quem está dentro quer fechar a porta, e quem está fora quer entrar de qualquer jeito.
No meio disso tudo, Motta vem com um discurso sobre “democracia ameaçada” e menciona até Ulisses Guimarães, aquele que tinha esperança na Constituição de 1988. O detalhe curioso é que a preocupação aqui não é com a democracia em si, mas com quem está segurando as rédeas. Se o Congresso está perdendo espaço, aí sim a democracia está em risco! Se for o povo perdendo direitos, bom, aí já é outra história…
E o papo de transparência? Ah, esse é um show à parte. A proposta de criar uma plataforma para que todos acompanhem os gastos do governo é linda no papel. O problema é que transparência mesmo significa menos espaço para aquele joguinho de bastidores tão amado pelos parlamentares. Aposto que a ideia morre no nascedouro assim que alguém perceber que isso pode afetar o uso criativo das emendas.
No fim das contas, esse enredo todo nada mais é do que mais uma luta por poder dentro do próprio sistema. STF, Executivo e Legislativo, todos tentando puxar a coberta para o próprio lado, enquanto o cidadão comum continua pagando a conta e assistindo, impotente, a esse teatro de hipocrisia. O Brasil, como sempre, segue sendo governado pela própria sobrevivência dos poderosos, e a democracia? Bom, ela é um detalhe conveniente quando serve para manter o jogo rodando.
E por falar em jogo rodando, vale lembrar que essa luta toda por poder não acontece porque algum deles realmente quer proteger a democracia ou o povo brasileiro. Nada disso! Se fosse por essa preocupação, os discursos não seriam inflamados apenas quando a tesouraria da Câmara e do Senado é ameaçada. A real preocupação é manter o controle dos orçamentos, as emendas, e claro, a capacidade de negociar cargos e favores políticos como sempre foi feito.
Enquanto isso, você, caro cidadão brasileiro, que paga seus impostos religiosamente (ou melhor, porque é obrigado), continua assistindo a esse circo pegar fogo. E o melhor de tudo? No fim, a conta sempre cai no seu colo. Mas fique tranquilo, porque enquanto eles brigam entre si, você pelo menos tem a diversão garantida dessa novela que nunca acaba. Com novos personagens, novos escândalos, mas sempre com a mesma história: o povo se ferrando e os poderosos rindo no final.
Com informações CNN Brasil