
Ah, o teatro da política brasileira! E que elenco, senhoras e senhores! Davi Alcolumbre, nosso ilustre presidente do Congresso Nacional, subiu ao palco mais uma vez para nos brindar com seu discurso magnífico sobre avanços fiscais e geração de emprego.
Sabe aquela sensação de déjà vu? Pois é, parece que todo ano legislativo começa do mesmo jeito: promessas infladas, frases de efeito e aquele compromisso inabalável com o bem-estar do povo brasileiro. Claro, porque você, trabalhador que paga seus impostos religiosamente, já viu esse filme antes e sabe que o roteiro não muda.
Dessa vez, Alcolumbre resolveu tocar num tema sensível: o respeito entre os Poderes. Afinal, até mesmo nesse cenário digno de novela mexicana, existem brigas de casal. O Legislativo e o Judiciário estão naquele estágio de relacionamento onde um tenta impor limites ao outro, mas, no final do dia, ambos sabem que estão presos nesse casamento disfuncional.
Com a elegância de um político profissional, nosso senador desviou de polêmicas diretas, mas deixou um recado claro: o Congresso tem autonomia, e as emendas parlamentares são intocáveis! Ora, como ousam questionar a transparência desses recursos? Isso é quase um insulto! Afinal, nada diz “compromisso com a população” como destinar dinheiro público para regiões estratégicas — estrategicamente próximas das bases eleitorais de certos parlamentares.
E não vamos esquecer a emocionante defesa do senador sobre o papel do Congresso. Segundo ele, o parlamento é a “força motriz da democracia”. E quem somos nós para discordar? Um Congresso que fiscaliza, propõe e faz acontecer. Agora, acontece o quê exatamente? Ah, isso já é outro debate.
O mais hilário é que, enquanto Alcolumbre discursava sobre “diálogo contínuo” e “respeito mútuo”, bastidores ferviam com as articulações para garantir que cada deputado e senador levasse sua fatia do bolo orçamentário. É quase comovente ver o compromisso deles com o Brasil — ou pelo menos com suas reeleições.
Mas fiquem tranquilos! O Congresso está trabalhando arduamente para o bem da população. Os discursos são bonitos, as promessas estão fresquinhas, e as emendas, bem… essas já têm destino certo. E você, brasileiro, pode continuar esperando pela utópica geração de empregos e avanço fiscal. Quem sabe no próximo ato desse grande espetáculo?
Com informações Correio Braziliense