Barroso marca jantar para Lula, e os demais ministros do STF em sua mansão

Ah, meu caro leitor, mais um capítulo da grandiosa novela da democracia brasileira se desenrola diante de nossos olhos. E como todo bom enredo político que se preze, temos o

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o ministro e atual presidente do STF, Luís Roberto Barrosso / Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ah, meu caro leitor, mais um capítulo da grandiosa novela da democracia brasileira se desenrola diante de nossos olhos. E como todo bom enredo político que se preze, temos o cenário perfeito: um jantarzinho intimista, regado a conversas “institucionais” e, quem sabe, até um bom vinho para adoçar as negociações. Sim, você leu certo! O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, vai abrir as portas de sua modesta residência em Brasília para receber ninguém menos que Luiz Inácio Lula da Silva. E, claro, todos os ministros do STF e alguns outros convidados seletos também estarão lá para garantir que a noite seja memorável.

Mas veja só que coincidência espetacular! O jantar ocorre exatamente no momento em que o STF está debatendo pautas absolutamente cruciais para o governo federal. Entre os temas em jogo, temos a suspensão do pagamento das emendas parlamentares, o sempre polêmico Marco Civil da Internet, a regulamentação das apostas on-line e, para fechar com chave de ouro, o julgamento do plano de golpe. Alguém aí pensou em um timing mais oportuno para um jantar tão sofisticado?

Agora, vejamos o lado “institucional” dessa história. Dizem que esses encontros são apenas para “estreitar o diálogo” entre os Poderes. Ah, sim, claro! Nada como um jantarzinho regado a filé mignon e lagosta para resolver as questões de interesse nacional. Fico até imaginando a conversa à mesa: “Meu caro Barroso, esse negócio de Marco Civil da Internet precisa de um jeitinho, viu?”, e do outro lado, um sorrisinho seguido de um “Vamos ver o que podemos fazer”. Tudo, é claro, dentro dos limites da mais estrita institucionalidade.

Mas não pense você que esse é o primeiro encontro gastronômico entre os chefões da República. Em dezembro de 2023, Barroso já havia oferecido um jantar nos mesmos moldes para Lula. O objetivo? Fortalecer a relação entre o Executivo e o Judiciário, porque, como sabemos, nada une mais as pessoas do que uma boa refeição. O novo encontro estava marcado para o final de 2024, mas precisou ser adiado porque Lula teve que passar por uma cirurgia na cabeça. Veja só a ironia: ele perdeu uma chance de ouro de antecipar algumas pautas entre uma garfada e outra.

Agora, uma dúvida que não quer calar: será que alguém vai tocar no assunto “julgamento do plano de golpe” entre um canapé e outro? Ou isso fica para o cafezinho? Afinal, discutir temas como esse entre uma taça e outra pode ser um tanto indigesto. Mas sejamos francos: um evento desse nível não se resume apenas à comida e ao protocolo. Esse é o tipo de encontro que pode selar o destino de pautas que impactam diretamente o Brasil. Afinal, decisões como a suspensão das emendas parlamentares podem mudar o jogo político para 2025. E quem não gostaria de ter um dedinho nessa decisão, não é mesmo?

Aliás, cabe aqui um momento de reflexão. Em um país onde o cidadão comum luta para pagar as contas e onde a justiça parece tão distante da realidade do povo, ver um jantar desse calibre sendo promovido entre aqueles que deveriam manter uma relação estritamente técnica já dá aquela sensação de que algo não está muito certo. E não estamos falando apenas de um encontro social, mas sim de uma confraternização entre aqueles que decidem os rumos do país. Sim, porque a tal “harmonia entre os Poderes” tem se mostrado, no mínimo, uma relação um tanto, digamos… calorosa.

Agora, imagine se esse tipo de encontro acontecesse em outros contextos. Já pensou um juiz criminal convidando um réu para um jantar amigável antes de dar a sentença? Ou um fiscal de trânsito chamando um motorista infrator para um almoço antes de decidir se aplica ou não a multa? Pois é, meu caro leitor, no mundo real essas situações seriam inaceitáveis. Mas na República das Bananas, tudo pode ser justificado com um belo discurso sobre “respeito institucional”.

E os convidados? Ah, esses são a cereja do bolo! Além de todos os ministros do STF, teremos também Paulo Gonet, o procurador-geral da República. Nada mais justo, afinal, é sempre bom ter alguém do Ministério Público por perto para garantir que o ambiente seja o mais “republicano” possível. E, claro, alguns auxiliares de Lula também estarão lá, porque ninguém quer que o presidente se sinta deslocado em meio a tantos magistrados de toga. Nada mais institucional do que isso!

O que fica no ar é a verdadeira razão desse encontro. Será que é apenas uma questão de boas maneiras e cordialidade entre os Poderes? Ou estaríamos presenciando uma dança política onde cada passo é cuidadosamente calculado para garantir que todos saiam satisfeitos da mesa? Porque, sejamos sinceros, ninguém organiza um jantar desse nível apenas para trocar amenidades sobre o clima ou sobre os jogos do Brasileirão. Cada palavra dita ali tem um peso, cada sorriso tem um significado e cada brinde pode selar o destino de milhões de brasileiros.

E assim seguimos, assistindo de camarote a mais um capítulo da política brasileira, onde os encontros “institucionais” são regados a pratos finos e decisões que afetam diretamente a vida da população. Enquanto isso, do lado de fora da casa de Barroso, o povo segue enfrentando filas no SUS, insegurança nas ruas e impostos que só aumentam. Mas não se preocupe, caro leitor, tudo isso será resolvido… entre uma garfada e outra.

Com informações CNN Brasil

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