
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva, sempre pronto para se vangloriar de conquistas que, na prática, estão longe de representar melhorias reais para a população, tem se esforçado para colocar a inflação como um ponto de grande sucesso econômico. Comemora-se, orgulhosamente, a “menor inflação para janeiro desde o Plano Real”. Um número bonito para ser jogado nos jornais, mas, como não poderia deixar de ser, há um pequeno detalhe que precisa ser observado: esse número foi impulsionado por uma manobra contábil que não representa, de fato, uma redução no custo de vida dos brasileiros. Sim, estou falando do famoso bônus da Itaipu, aquele crédito que aparece na conta de luz e que, em vez de diminuir tarifas, faz o número da inflação despencar, enganando a todos com um “efeito visual” que disfarça a alta real dos preços.
Se o governo tenta fazer parecer que estamos finalmente saindo da crise inflacionária, a realidade é bem diferente. Para começar, o que vemos, na verdade, é uma inflação mascarada, camuflada por números manipulados e jogadas contábeis que não alteram em nada o poder de compra do brasileiro. O efeito real é que, enquanto o governo se empenha em passar uma imagem de sucesso, os preços continuam subindo. A inflação “real”, que muitos analistas e economistas tentam esconder sob tapetes governamentais, ronda os 0,71%. Mas quem precisa de números reais quando se tem um truque para ser exibido na tela da televisão e nas manchetes dos jornais? O Brasil assiste a uma política econômica onde a ilusão é mais importante do que a verdade.
E, se isso fosse pouco, a situação do câmbio e dos gastos públicos não poderia ser mais alarmante. O dólar segue na casa dos R$ 6, pressionando não só o bolso dos brasileiros que viajam ou que dependem de produtos importados, mas também uma economia que ainda está tentando se reerguer após anos de ineficiência e promessas não cumpridas. O que não se diz, e o que é cuidadosamente escondido, é que o governo Lula não tem controle real sobre a inflação ou sobre o câmbio. A receita é simples: mantenha a maquiagem fiscal em funcionamento, até que o impacto real de uma economia desequilibrada bata, mais uma vez, nas portas de cada casa brasileira.
O pior de tudo é que o brasileiro, mais uma vez, é quem paga a conta. O preço dos alimentos, dos serviços, tudo continua subindo. O custo de vida não apenas não diminui, como segue uma escalada contínua, e quem sente no bolso essa falta de responsabilidade fiscal são aqueles que mais precisam de um alívio. Mas, para o governo, isso é irrelevante. Desde que o número da inflação possa ser manipulado e, ao mesmo tempo, a narrativa de “controle econômico” seja mantida, tudo o mais pode ser empurrado para debaixo do tapete. E quem se importa com o futuro, quando se pode comemorar um número bonito no presente?
O que temos aqui é um jogo de manipulação das massas. O governo de Lula não está preocupado com a inflação de verdade; está preocupado com a narrativa. Afinal, se você conseguir convencer as pessoas de que tudo está bem, talvez elas deixem de questionar o verdadeiro estado da economia. E, como sempre, são os mais pobres e as classes médias, aquelas que já enfrentam dificuldades imensas, que acabam pagando o preço de uma gestão fiscal irresponsável.
É evidente que inflação não cai por decreto. O governo pode até usar suas artimanhas contábeis para criar a ilusão de que a situação está sob controle, mas o fato é que, com gastos públicos desenfreados e um câmbio pressionado por um mercado internacional cada vez mais volátil, é apenas uma questão de tempo até que a conta de tudo isso chegue de forma implacável. Já vimos esse filme antes, e a conclusão nunca é boa. O que a política econômica atual está fazendo é empurrar a dívida para o futuro e colocando uma camada de maquiagem em cima de um cenário que, se não for corrigido, levará o Brasil de volta a um período de estagnação e recessão, onde a única certeza será que o preço das coisas vai continuar subindo, enquanto o governo celebra números artificiais que não representam absolutamente nada para a vida real do brasileiro.
Mas, claro, quem precisa de responsabilidade fiscal quando se tem um número bonitinho para mostrar na manchete? Quem precisa enfrentar a realidade quando é mais fácil recorrer a truques contábeis que apenas adiam a dor da realidade para um futuro que, eventualmente, não será mais capaz de ser escondido por manipulações e números maquiados? E quem paga a fatura, como sempre, é o cidadão brasileiro, aquele que paga seus impostos, que vê os preços subirem todos os dias, que luta para dar conta do mês no fim do mês.
O truque do bônus de Itaipu é apenas um exemplo do que está acontecendo em diversas outras áreas. Há uma tentativa contínua de esconder a verdade e maquiar números que, se analisados de forma cuidadosa, mostram uma realidade muito mais preocupante. Não estamos em um cenário de prosperidade, mas em um cenário de ilusão. E a verdade, por mais difícil que seja para muitos engolirem, é que estamos diante de uma gestão econômica que, mais uma vez, prefere esconder a sujeira debaixo do tapete, enquanto empurra o verdadeiro custo da crise para um futuro incerto.
O que fica claro, no fim das contas, é que o governo Lula está mais preocupado em criar uma narrativa positiva do que em enfrentar a realidade da economia brasileira. A inflação, que é uma das maiores preocupações da população, não está sob controle, mas sim maquiada por números que não têm impacto real na vida das pessoas. E, enquanto o governo comemora suas vitórias fictícias, o povo sofre as consequências de uma gestão fiscal desastrosa e de um sistema econômico que, mais uma vez, não consegue entregar aquilo que promete.
Inflação não é um problema que pode ser resolvido com números bonitos ou truques contábeis. Ela é o reflexo da realidade de uma economia, e essa realidade, por mais que o governo tente esconder, é dura e implacável. Quando o custo de vida sobe, quando os preços não param de aumentar, quando a confiança na economia desaparece, não adianta tentar mascarar a situação com manchetes falsas. A realidade, eventualmente, sempre chega. E, como sempre, quem paga o preço dessa irresponsabilidade fiscal será o povo brasileiro.
E você, caro leitor, sabe disso muito bem. Não se engane com números maquiados ou com promessas vazias. A conta está chegando, e você será quem pagará por mais uma irresponsabilidade dos nossos governantes. A verdadeira luta do Brasil não está nas manchetes bonitas, mas na dura realidade que o governo se recusa a enfrentar. E, mais uma vez, quem paga o preço é você.