Se você ainda acredita que a mídia tradicional tem qualquer interesse em informar com isenção, este texto de Eliane Cantanhêde é mais uma prova de que estamos diante de um aparato midiático que atua como verdadeiro porta-voz do governo e seus aliados. A jornalista, sempre preocupada em construir narrativas convenientes ao petismo, apresenta uma visão parcial e enviesada dos fatos, tentando mascarar os absurdos que ocorrem no Brasil e transformá-los em uma novela que favorece Lula e seus capangas.
O primeiro “foco de incêndio” citado por Cantanhéde é a imposição de novas tarifas por Donald Trump. Como já era de se esperar, a jornalista adota o tom de vitimismo do governo petista, como se a política protecionista do ex-presidente americano fosse uma perseguição pessoal a Lula. O que não se fala? Que os EUA defendem seus interesses e que o Brasil, sob comando petista, tem se tornado um parceiro pouco confiável no comércio global, preferindo se aliar a ditaduras como China e Rússia.
O segundo “foco de incêndio” é a discussão sobre a anistia aos envolvidos no 8 de janeiro, que, na narrativa de Cantanhéde, são todos “golpistas”. Não há qualquer menção às arbitrariedades cometidas pelo STF, muito menos ao fato de que milhares de pessoas foram presas sem direito a julgamento justo, tratadas como terroristas por crimes como gravar um vídeo ou estar na frente do quartel. A repórter também dá um tom quase messiânico a figuras como Alexandre de Moraes, ignorando a forma autoritária como ele tem atuado para perseguir opositores políticos.
Destaque especial é dado à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, condenada a 14 anos de prisão por pichar um monumento com batom. Catorze anos! Se você acha isso um exagero, parabéns: você ainda tem um pingo de bom senso. No entanto, para Cantanhéde, a verdadeira questão aqui é que os apoiadores de Bolsonaro podem usar esse caso para questionar a “justiça” do STF. Ora, por que será? Quem acompanha a ditadura judicial instalada no Brasil sabe que, enquanto militantes da esquerda podem incendiar prédios públicos sem serem incomodados, qualquer gesto vindo da direita é tratado como crime de lesa-pátria.
Por fim, a jornalista finge se preocupar com a “guerra comercial” entre Brasil e EUA, como se Lula fosse uma grande vítima das maldades de Trump. O que Cantanhéde evita mencionar é que o Brasil é, hoje, um pária nas relações internacionais devido às escolhas ideológicas do PT. O governo petista está mais preocupado em agradar ditadores comunistas do que fortalecer os laços com potências ocidentais. Resultado? O Brasil perde credibilidade e paga o preço das escolhas de um governo que, como de costume, está mais preocupado em sustentar sua narrativa do que em trabalhar pelo bem do povo brasileiro.
O que se pode concluir desta “análise” de Cantanhéde? Simples: ela não está aqui para informar, mas para criar um roteiro onde Lula é sempre um herói injustiçado e Bolsonaro, o vilão absoluto. Para os leitores de Em Fatos, que buscam uma visão crítica e conservadora dos acontecimentos, esse tipo de texto da grande mídia só reforça uma verdade incontestável: estamos vivendo em um Brasil onde a verdade é um artigo de luxo, e a narrativa é a mercadoria mais vendida pela imprensa militante.
Com informações Estadão
