
Certamente o artigo “Prisão domiciliar para Débora Rodrigues não tem nada de benevolência”, assinado pelo jornalista Alexandre Garcia na Gazeta do Povo, é um retrato fiel do que se tornou a “justiça” no Brasil de hoje: uma ferramenta de opressão política que ignora direitos fundamentais e pune de maneira desproporcional aqueles que ousam questionar o regime vigente. Garcia, com sua coragem e precisão jornalística, escancara uma realidade que muitos preferem ignorar.
A história de Débora Rodrigues dos Santos é uma aberração jurídica que desafia qualquer princípio de razoabilidade e humanidade. Uma mãe, trabalhadora, privada da liberdade por dois anos, sem sequer uma denúncia formal durante grande parte desse período. Sua “culpa”? Escrever com batom uma frase dita publicamente pelo ministro Luís Roberto Barroso: “perdeu, mané”. Qualquer cidadão com o mínimo de bom senso sabe que essa situação jamais deveria ter saído de um juizado de pequenas causas, quiçá resultar em uma pena de 14 anos de prisão.
Ao mesmo tempo em que casos de corrupção escancarada, desvio de verbas e fraudes são tratados com brandura, aqueles que ousam desafiar o pensamento único imposto pelo Supremo Tribunal Federal encontram-se no alvo de uma perseguição sem precedentes. Garcia expõe essa contradição de forma magistral ao relembrar o arquivamento do caso do cartão de vacina de Bolsonaro. Ora, se o depoimento de Mauro Cid não serve para embasar uma investigação sobre esse assunto, como é possível que o mesmo depoimento seja suficiente para justificar acusações de golpe de Estado?
Mais estarrecedor ainda é o argumento utilizado pelo ex-ministro da Justiça Flávio Dino, que se baseia na suposição de que havia armas entre os manifestantes por conta da presença de militares da reserva, que teoricamente têm porte de arma. Uma argumentação que seria risível se não fosse trágica, pois reflete a total inversão do princípio da presunção de inocência. Não encontraram armas, mas “deveriam” ter encontrado, então, presume-se que estavam lá.
Em meio a esse caos institucional, vemos também uma investida ideológica contra valores tradicionais. O presidente Lula, ao tentar defender a primeira-dama Janja, afirmou que ela “não nasceu para ser dona de casa”, como se essa fosse uma condição indigna ou inferior. Garcia, com sua ironia fina, lembra que a falecida esposa de Lula, Dona Marisa, foi dona de casa e exerceu esse papel com dignidade. A declaração de Lula não só desrespeita milhões de mulheres que optam por cuidar de suas famílias, como também escancara o preconceito das elites progressistas contra os valores tradicionais.
O artigo de Alexandre Garcia é uma aula de jornalismo independente, algo cada vez mais raro em tempos de censura disfarçada de “combate à desinformação”. Seu trabalho deve ser enaltecido e compartilhado, pois expõe de forma clara e contundente a injustiça que se instalou no Brasil. A história de Débora Rodrigues é só mais um exemplo do estado policialesco em que vivemos, e cabe a nós, conservadores, jamais nos calarmos diante dessas atrocidades.
Com informações Gazeta do Povo