
Ah, Rodrigo Pacheco, o mais ilustre defensor da dignidade humana que este país já viu… Ou pelo menos, é assim que ele quer ser percebido enquanto se emaranha nas teias de discursos moralistas que não sobrevivem a um mísero vento de lógica. Vamos combinar, é fascinante ver como o presidente do Senado Federal se contorce para transformar 88 brasileiros deportados algemados dos Estados Unidos no maior ultraje diplomático da história recente do Brasil.
Ah, o drama! Segundo Pacheco, a decisão de Donald Trump de deportar pessoas que entraram ilegalmente no país com algemas viola a “dignidade humana”. Sim, meu caro leitor, o mesmo Rodrigo Pacheco que é presidente do Congresso, a casa legislativa que mais tem ignorado os gritos por justiça dos presos do 8 de janeiro, agora virou porta-voz da compaixão. Você consegue imaginar o esforço hercúleo que deve ser fingir indignação seletiva? É como se você assistisse a uma novela ruim, mas fingisse que o roteiro é uma obra de arte.
Pacheco, com o peito estufado de um patriotismo que só aparece para brigar com o Tio Sam, condenou as autoridades norte-americanas por usarem algemas. “Respeito à dignidade humana é um conceito consagrado em um mundo civilizado e democrático”, disse ele em sua nota recheada de clichês genéricos. Fico me perguntando: onde estava essa preocupação com a dignidade quando milhares de brasileiros, que participaram das manifestações de 8 de janeiro, foram arrastados, algemados, e jogados em celas insalubres sem julgamento justo? Ah, claro, eles não entram na lista VIP da “dignidade seletiva”.
Enquanto Pacheco se descabela publicamente por deportados algemados nos EUA, talvez seja interessante comparar com os presos do 8 de janeiro, que, ao contrário dos deportados, estavam em seu próprio país, muitos deles sem nenhuma prova concreta de vandalismo. Mas o que aconteceu com eles? Foram tratados como terroristas de alto escalão, como se estivessem tramando um ataque internacional. Milhares foram presos em condições degradantes – e Pacheco sequer abriu a boca para reclamar.

E sabe o que é realmente irônico? A ação do governo norte-americano, tão criticada por Pacheco, é simplesmente a aplicação de suas leis. Entrou ilegalmente no país? Quebra as regras? Você é deportado. Com algemas, sim, porque os EUA entendem que regras não são optativas. Já o Brasil de Pacheco, onde leis são mais flexíveis que goma de mascar, prefere enviar uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar os “pobres deportados” com o maior conforto possível. Ora, mandar um jatinho estatal para gente que infringiu as leis de imigração alheias é realmente uma prioridade para o contribuinte brasileiro, não acha?
Ah, e que tal falarmos sobre Ezequiel Silveira, o advogado da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (Asfav)? Ele diz que “a maioria dos réus do 8 de janeiro é inocente”. Não é curioso que ninguém, nem mesmo Pacheco, tenha se levantado para defender essas pessoas? Pelo contrário, quem ousou se manifestar contra os abusos foi rotulado de conspiracionista ou golpista. Afinal, o que vale mais para a política brasileira: a dignidade de inocentes injustamente presos ou a chance de posar de herói diplomático para a mídia?
Silveira ainda comentou que os presos do 8 de janeiro exilados na Argentina estão em uma situação menos grave do que estariam no Brasil. Isso porque, em terras tupiniquins, as condenações chegam a inacreditáveis 17 anos, sem direito a recorrer. É como se o sistema judiciário brasileiro estivesse mais interessado em destruir vidas do que em oferecer justiça. E, novamente, o silêncio de Pacheco sobre esses casos é ensurdecedor. O homem que clama por “um mundo civilizado e democrático” não parece muito interessado em aplicar esses conceitos em sua própria jurisdição.
Agora, voltando ao grande “vilão” desta história: os Estados Unidos. Pacheco quer que você acredite que Donald Trump é um tirano por deportar brasileiros ilegais com algemas. Mas você sabe o que Trump fez de diferente? Ele aplicou as regras do jogo. Ele protegeu as fronteiras de seu país. Algo que falta no Brasil, onde fronteiras abertas permitem desde tráfico de drogas até entrada de terroristas. Quem é mesmo o “vilão” aqui?
E não vamos esquecer o espetáculo da FAB. Enquanto milhares de brasileiros passam fome, sem acesso a saúde ou educação de qualidade, o governo brasileiro decide gastar dinheiro público para buscar deportados. É o clássico exemplo de prioridades invertidas: atender uma questão que pode ser resolvida pelo setor privado (os deportados poderiam muito bem pagar suas passagens de volta) enquanto abandona problemas estruturais. Rodrigo Pacheco, claro, não vê problema nisso. Afinal, quem se importa com a realidade dos pagadores de impostos?
Enquanto isso, os brasileiros que foram presos no 8 de janeiro continuam esquecidos, tratados como cidadãos de segunda classe. Para eles, não há jatinho da FAB, não há nota de repúdio do presidente do Senado. Apenas um silêncio conveniente, enquanto suas vidas são destruídas por um sistema que decidiu usá-los como bodes expiatórios. Rodrigo Pacheco não se importa com eles. Ele está mais ocupado tentando parecer um defensor da moral e da dignidade em questões internacionais – uma atuação digna de um prêmio, se estivéssemos em um festival de hipocrisia.
Então, meu caro leitor, quando você ouvir Rodrigo Pacheco falar de “respeito à dignidade humana”, lembre-se de que isso é apenas um teatro político barato. A verdade é que ele está mais preocupado em fazer pose do que em resolver os verdadeiros problemas do Brasil. Afinal, é muito mais fácil criticar os Estados Unidos do que enfrentar as falhas grotescas do próprio país. E, claro, é muito mais lucrativo para sua imagem.
No fim das contas, Pacheco pode falar o quanto quiser sobre “mundo civilizado e democrático”. Mas seus atos – ou a falta deles – mostram que ele não tem nenhum compromisso real com esses valores. Ele é apenas mais um político usando a desgraça alheia como trampolim para sua própria vaidade. E isso, meu amigo, é o verdadeiro insulto à dignidade humana.”
Com informações Senado Notícias