
Diante da notícia da Gazeta do Povo, sobre a “Frente ampla de 2022 virou armadilha para o governo Lula”. Um verdadeiro amálgama de interesses diversos e contraditórios, pode ser considerada como uma das maiores falácias políticas dos últimos tempos. Sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, o Partido dos Trabalhadores (PT) conseguiu reunir uma coalizão de forças tão díspares, com intenções tão divergentes, que o resultado, ao longo dos anos, se apresenta cada vez mais como uma bomba-relógio prestes a explodir nas mãos de seu próprio criador. A desordem e a incoerência dessa aliança tornaram-se evidentes logo após sua vitória, quando a necessidade de agradar a uma base de apoio tão ampla quanto contraditória gerou um governo que, ao invés de trazer estabilidade, transformou-se sua base governamental em uma verdadeira armadilha para o próprio presidente Lula.
O dilema de Lula agora, em 2025, é claro: ele precisa agradar tanto o Centrão quanto os setores mais à esquerda do espectro político. O que parecia ser uma vitória política, a coalizão de 2022, acabou por se revelar uma armadilha sem saída. A base que o elegeu, composta por uma mistura de partidos e movimentos que vão do PSOL ao MDB, não é coesa e está em constante tensão. Em um momento, Lula precisa se apoiar no Centrão para garantir a governabilidade, mas, ao mesmo tempo, não pode se afastar completamente da esquerda radical sem sofrer danos irreparáveis. Como sempre acontece com o PT, os interesses de sua base mais ideológica entram em choque com a necessidade pragmática de manter o apoio dos outros setores do Congresso.
E o que isso significa para a governabilidade do Brasil? Uma crise. Uma crise gerada pela ineficiência e pela falta de coerência de um governo que, para se sustentar, precisa ser tudo para todos, ao mesmo tempo que nega qualquer valor absoluto ou princípio. As reformas ministeriais, que Lula adiou por tanto tempo, são apenas um reflexo dessa realidade. Enquanto a popularidade de Lula despenca, com a inflação galopante e a falta de resultados concretos, ele se vê obrigado a fazer concessões que enfraquecem ainda mais sua base ideológica. E o que isso resulta? Uma instabilidade permanente, uma administração em constante ajuste, sem rumo claro, incapaz de lidar de forma eficaz com os problemas estruturais que afligem o Brasil.
A insustentabilidade dessa coalizão é um dos maiores legados da esquerda no país. A aliança que se formou com o PT em 2022 foi baseada em uma mentira política: a de que poderia haver uma união entre forças tão divergentes. E o que vemos hoje é o reflexo disso, com o próprio Lula e sua equipe política tentando costurar acordos que, no fundo, são apenas paliativos. A falta de ideologia clara no governo de Lula é um reflexo dessa situação. Ele precisa se manter no poder, mas para isso precisa agradar a todos, o que é impossível. O que se vê é um governo que tropeça em suas próprias contradições.
Ao tentar acomodar os interesses do Centrão, Lula aliena os setores mais à esquerda de sua base. Isso não é mais uma surpresa. O PT, em sua essência, sempre foi um partido que colocou seus próprios interesses acima dos interesses do país. A manipulação política, o uso de uma retórica populista vazia, e o desrespeito aos princípios mais básicos de governança são a marca registrada desse governo. Não há nada de novo sob o sol. O PT está novamente refém de suas próprias falácias, da mesma forma que esteve em 2002, 2006, e agora em 2025.
Essa incapacidade de governar, essa política de “fazer tudo para todos”, traz uma instabilidade política que enfraquece as instituições e cria um vácuo de liderança. Quando Lula se vê obrigado a fazer trocas ministeriais para tentar apaziguar a base política, ele não faz mais do que agravar a situação. Em vez de dar uma direção clara e firme, o presidente cede a pressões internas e externas, enfraquecendo ainda mais sua governabilidade. As trocas no Ministério da Saúde e na Secretaria de Comunicação Social, por exemplo, não são mais do que uma tentativa desesperada de remendar as rachaduras de um governo que está se desintegrando.
E o que há por trás disso? A podridão da extrema-esquerda petista. Um grupo de ideólogos radicais que, disfarçados de defensores do povo, têm como único objetivo preservar seu poder e seus privilégios. Esses grupos não têm interesse na melhoria das condições de vida da população, mas sim na perpetuação de um sistema que lhes garante influência, dinheiro e poder. A falta de compromisso com a verdade, a manipulação da informação, o controle da mídia e a tentativa de silenciar vozes dissidentes são as ferramentas que a extrema-esquerda petista usa para se manter no poder. E, para isso, o país paga um preço altíssimo.
Esse é o legado do PT: a criação de uma narrativa enganosa, que se apresenta como salvadora, mas que na realidade só serve para garantir que uma elite política permaneça no comando. Quando Lula diz que a reforma ministerial é uma questão de governabilidade, ele não está pensando no bem do Brasil. Está apenas pensando em como manter as engrenagens da máquina petista funcionando, mesmo que isso signifique a destruição do que resta das instituições democráticas do país.
E é exatamente esse tipo de política que está empurrando o Brasil para a beira do abismo. O governo de Lula, com suas promessas vazias e suas alianças espúrias, está dilapidando as bases de uma democracia que, embora ainda jovem, poderia estar mais forte se não fosse pela destruição sistemática promovida pela extrema-esquerda. O PT, ao longo dos anos, transformou a política brasileira em um campo de batalha onde a verdade não importa, onde as mentiras se tornam a norma, e onde o interesse do povo é constantemente ignorado.
O resultado é o que estamos vendo agora: uma política em frangalhos, um governo que vive de mentira em mentira, e um país que se afunda cada vez mais em um ciclo vicioso de corrupção, ineficiência e caos. E isso tudo com a cumplicidade de partidos que, como o Centrão, estão dispostos a vender sua alma por um pedaço de poder. Não há ideologia, não há valores, não há compromisso com o futuro do Brasil. O que há é a perpetuação de um sistema político que beneficia poucos e sacrifica milhões.
Se a extrema-esquerda petista de 2022 achava que poderia controlar a narrativa e governar sem oposição, 2025 mostrou que isso é uma utopia. O que se vê agora é um governo dividido, uma base de apoio em frangalhos e uma sociedade cada vez mais desconectada das promessas de transformação feitas durante a campanha eleitoral. O governo de Lula, que deveria ser uma retomada da esperança para muitos brasileiros, se transformou em uma farsa, onde a política é uma grande peça de teatro, e a população é o público que assiste impotente ao espetáculo da decadência.
Em vez de lutar por um Brasil mais justo, mais próspero e mais democrático, o PT, mais uma vez, se entrega ao jogo do poder. E o preço disso é alto. O governo Lula não está apenas falhando na governança; ele está destruindo a confiança da população nas instituições e nas políticas públicas. E o mais triste é que isso tudo é feito em nome de uma falsa solidariedade, de uma ideologia que nunca se importou com a verdadeira transformação social.
Por fim, a “Frente Ampla” de 2022, que foi vista como uma solução mágica para o Brasil, se transformou em um estorvo. O PT, ao invés de apresentar uma solução sólida para os problemas do país, é parte do problema. A política do “faça tudo para todos” não leva a lugar algum, a não ser ao caos e à destruição. O Brasil precisa de algo muito mais do que promessas vazias e alianças oportunistas. Ele precisa de uma mudança real, algo que vá além das mentiras e da corrupção que têm marcado a política brasileira há décadas. Mas, infelizmente, com o PT no comando, não há esperança de que isso aconteça.
Com informações Gazeta do Povo