Alcolumbre e Motta eleitos para comandar o Senado e a Câmara

Ah, a democracia brasileira! Esse espetáculo cíclico onde os mesmos nomes dançam em uma coreografia ensaiada, trocando de cadeiras como num joguinho de músicas infantis. O Senado e a Câmara

Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), favoritos para as presidências do Senado e da Câmara, respectivamente – Imagem: Arte/UOL

Ah, a democracia brasileira! Esse espetáculo cíclico onde os mesmos nomes dançam em uma coreografia ensaiada, trocando de cadeiras como num joguinho de músicas infantis. O Senado e a Câmara dos Deputados acabam de escolher seus novos presidentes, e adivinhe só? São os favoritos de sempre. Sim, Davi Alcolumbre e Hugo Motta foram os escolhidos, provando que a política nacional é um clube seleto onde a fila anda, mas os rostos continuam os mesmos.

E os “especialistas” juram que isso garantirá um Congresso independente e forte, como se não tivéssemos aprendido nada com os inúmeros acordos de bastidores e as faturas que o Planalto invariavelmente paga. Independente de quem, exatamente? Porque quando se trata de arrumar cargos e distribuir verbas, a dependência nunca foi problema.

O presidente Lula, por sua vez, observa essa movimentação política com um misto de cautela e urgência, afinal, a sua popularidade está descendo ladeira abaixo. E 2025 promete ser um ano decisivo: ou ele consegue melhorar sua imagem, ou já pode começar a preparar sua próxima narrativa vitimista para 2026. O governo precisa aprovar algumas pautas econômicas e, claro, sonha com o controle das redes sociais, afinal, uma imprensa livre demais é sempre um problema para quem se acostumou com um noticiário bem “amaciado”.

O Senado agora está novamente nas mãos de Davi Alcolumbre, aquele mesmo que já esteve por lá entre 2019 e 2021 e que adora uma negociaçãozinha de bastidor. E para ninguém achar que falta pompa na coisa, ele declarou solenemente: “Governar é ouvir e liderar é servir.” Sim, claro, ouvir quem e servir a quem, exatamente? Porque se fosse ao povo, a fila do SUS não seria quilométrica e a inflação não estaria comendo o salário do trabalhador. Mas tudo bem, não vamos estragar a festa com detalhes.

No Twitter, Lula foi rápido no gatilho para parabenizar o novo presidente do Senado, dizendo que “Um país cresce quando as instituições trabalham em harmonia.” Ah, a harmonia, essa palavrinha tão bonita e que, na prática, significa todo mundo ganhando sua fatia do bolo sem reclamar muito.

Já na Câmara dos Deputados, a surpresa foi… nenhuma. O novo presidente, Hugo Motta, levou uma lavada com 444 votos, deixando seus concorrentes comendo poeira. Ele fez questão de citar Ulysses Guimarães e sua fé cega na democracia, como se não estivéssemos falando do Centrão, aquele grupo que apoia qualquer um desde que o contracheque esteja em dia.

Ah, e para adicionar um toque cinematográfico, ele ainda citou o filme Ainda Estou Aqui, sobre a ditadura militar. Mas calma lá! Ditadura onde, Motta? Porque se tem algo que impera no Brasil é a liberdade desenfreada de quem detém o poder e a censura velada para quem ousa discordar da narrativa oficial. Mas não se preocupem, pessoal: estamos todos seguros sob os cuidados do Centrão.

Os dois eleitos são parte do mesmo velho e conhecido esquema: governar não importa muito, desde que as emendas parlamentares continuem gordas. O Centrão, que às vezes finge ser conservador, na verdade só conserva seus próprios interesses. E, no final das contas, apoia quem pagar melhor.

E não se enganem! Lula pode até fingir que não se mete nessas eleições, mas todo mundo sabe que ele faz exatamente o contrário. Ele mesmo disse: “Quem ganhar, eu vou respeitar e estabelecer uma nova relação.” Traduzindo: “Se você facilitar minha vida, eu facilito a sua. Se não, bem… todo mundo sabe como as coisas funcionam por aqui”.

Agora, o que esperar de Hugo Motta na Câmara? Segundo os analistas, ele terá um relacionamento mais “cordial” com o Planalto. Isso significa que o dinheiro das emendas continuará fluindo como um rio generoso, mas sem grandes promessas. Motta tem apadrinhamento de Ciro Nogueira e Arthur Lira, dois mestres na arte de equilibrar interesses. Quem apostou em uma gestão “independente” da Câmara, pode ir tirando o cavalinho da chuva.

Agora, o Senado pode ser um probleminha para Lula. Alcolumbre gosta de cargos e recursos tanto quanto um deputado do Centrão gosta de uma emenda parlamentar. Ele deve dificultar algumas votações até que receba o que quer. Afinal, ele já provou do poder e sabe muito bem como travar nomeações, emperrar pautas e fazer o governo suar frio. Basta lembrar do caso de André Mendonça, que ficou meses esperando sua sabatina no STF.

Enquanto isso, no horizonte legislativo, as pautas se acumulam. O governo quer mexer no Imposto de Renda e, claro, tirar mais dinheiro de quem produz. A isenção para quem ganha até R$ 5 mil pode até parecer uma boa ideia, mas de onde sairá essa compensação? Ah, sim, aumentando a carga tributária para os “super-ricos”, um conceito tão flexível que, dependendo do dia, pode incluir qualquer um que tenha um carrinho quitado e um apartamentinho na planta.

E assim seguimos, com um Congresso “independente”, um governo que “não interfere” e um povo que… bem, esse continua pagando a conta. No final das contas, não importa quem ganha o cargo, o verdadeiro perdedor sempre será o cidadão brasileiro.

Mas não se preocupem! Como diria Hugo Motta, “Ainda estamos aqui!”… Sim, estamos, e continuamos assistindo ao mesmo espetáculo repetido, com os mesmos atores e o mesmo final previsível.

Força para emendas parlamentares

Segundo as informações do artigo da Mariana Schreiber Role, BBC News Brasil em Brasília, você, caro leitor, acaba de ser convidado para mais um espetáculo do circo político brasileiro. Pegue sua pipoca, porque a sessão de hoje promete reviravoltas dignas de uma novela mexicana! E olha que nem precisamos de roteirista, afinal, os nossos “nobres” parlamentares já fazem esse trabalho muito bem.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, PT (REUTERS/Adriano Machado)

Vamos falar sobre um assunto que brilha os olhos de qualquer político brasileiro: emendas parlamentares. Ah, essas belezinhas! O dinheiro público distribuído de forma “responsável” e “transparente” para que cada deputado e senador possa levar mimos para seus redutos eleitorais. Porque não há nada mais altruísta do que garantir uma prática que os ajude a se perpetuar no poder, não é mesmo?

Nos últimos anos, esses recursos dispararam e ultrapassaram R$ 40 bilhões. Dinheiro que poderia ir para a educação, saúde ou segurança, mas que, curiosamente, sempre encontra um caminho mais interessante, como aquela ponte que liga o nada a lugar nenhum ou aquela reforma de uma praça que já foi reformada três vezes no mesmo governo.

O mais engraçado é que o STF, sempre tão preocupado com a transparência, resolveu se meter no meio desse banquete, questionando os critérios de distribuição desses recursos. O ministro Flávio Dino, aquele que antes combatia a “ameaça fascista” e agora se tornou um guardião do sistema, chegou a bloquear repasses. Isso, claro, irritou profundamente os parlamentares, que logo se uniram em um grande grito de revolta: “Cadê o nosso dinheiro?!”.

Agora, veja só a ironia: foi lá em 2015 que as emendas parlamentares passaram a ser impositivas, ou seja, obrigando o governo a pagá-las. Isso significa que o presidente da República, qualquer que seja, não pode mais usar esse dinheiro como moeda de troca. Pobre Lula! Como negociar apoio sem esse cacife? Mas ele sempre dá um jeito: em entrevista recente, afirmou que vai buscar um “acordo” para liberar as emendas. Porque, claro, ele é um democrata e nunca negociaria com o Congresso para garantir governabilidade, né? Risos.

E enquanto Lula tenta segurar as pontas no Congresso, sua popularidade está derretendo igual sorvete no sol do meio-dia. A pesquisa Quaest apontou que 49% dos brasileiros já desaprovam o seu governo. O que choca não é a queda, mas o fato de que ainda tem 47% de otimistas que acreditam na sua gestão. No Nordeste, onde ele sempre nadou de braçada, a aprovação caiu de 67% para 60%. Parece que nem a “picanha prometida” conseguiu segurar o eleitorado fiel.

E é nesse cenário que aparece o bom e velho Centrão, aquele grupo de parlamentares que nunca perde uma oportunidade de fortalecer sua própria posição. É impressionante como eles sempre se saem bem, independentemente de quem está no poder. Seja Lula, Bolsonaro ou qualquer outro, o Centrão é a única instituição política verdadeiramente imortal no Brasil.

Aliás, veja a ironia: Lula e Bolsonaro, que vivem se atacando, estão apoiando os mesmos candidatos para o comando do Congresso. É isso mesmo! Quando o assunto é manter o Centrão bem alimentado, não importa se você é de esquerda ou de direita. O importante é garantir que a “governabilidade” continue fluindo sem maiores entraves.

Bolsonaro, por sua vez, tem outros interesses em jogo. Ele quer passar uma anistia para os acusados de tentar impedir a posse de Lula em 2023. Isso, claro, poderia beneficiá-lo diretamente, já que a Polícia Federal o indiciou como mentor do suposto plano golpista. Mas ele já aprendeu com os erros do passado: em 2023, quando decidiu lançar um candidato próprio para o Senado contra Rodrigo Pacheco, acabou sendo excluído dos cargos de poder. Agora, mais esperto, está jogando conforme as regras do jogo.

E o jogo é simples: quem tem cadeira na Mesa Diretora e nas comissões tem o poder de colocar pautas em votação, convocar ministros, barrar projetos e, claro, negociar favores. Por isso, Bolsonaro agora se alia a Davi Alcolumbre, garantindo ao PL a primeira vice-presidência do Senado e o direito de presidir comissões importantes. Assim, quando Alcolumbre não estiver presente, quem assume o comando da casa? Isso mesmo: um bolsonarista. Um plano brilhante, não?

Mas não se engane, leitor. A história se repete e, no final das contas, a conta desse jogo sempre sobra para você. Enquanto parlamentares brigam para decidir quem controla as emendas, você segue pagando os maiores impostos do mundo, enfrentando uma inflação crescente e vendo o serviço público se deteriorar. O Brasil continua sendo um país onde os políticos se preocupam muito mais em garantir seus próprios interesses do que em governar para o povo.

Agora, uma dúvida sincera: você realmente acha que alguma coisa vai mudar? Porque, até onde podemos ver, os mesmos de sempre continuam mandando, os acordões continuam sendo feitos e o dinheiro público continua sendo usado como moeda de troca. Então, enquanto não houver uma reforma política séria (e sem a participação dos próprios políticos), nós continuamos apenas como espectadores dessa tragicomédia.

Portanto, querido leitor, prepare-se para mais quatro anos de promessas vazias, jogadas políticas e, claro, muitos discursos emocionados sobre “a luta pelo Brasil”. No final, a luta é sempre deles, para se manterem no poder. E você? Bem, você continua financiando o espetáculo. Agradeça por ser tão generoso!

Com informações BBC News Brasil

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