
Ah, Davi Alcolumbre, esse “guardião” das contas públicas, que parece ter aprendido economia com o mestre da gastança, Luiz Inácio Lula da Silva. Se existe um nome que simboliza a farra fiscal dos últimos anos, este é o dele. Em seu segundo mandato como presidente do Senado, Alcolumbre demonstra que sua prioridade não é o equilíbrio fiscal, mas sim agradar governadores irresponsáveis e transferir a conta para os pagadores de impostos.
Enquanto o Brasil afunda em dívidas, Alcolumbre esteve ocupado empurrando pautas que favorecem estados endividados e que, na prática, apenas incentivam mais irresponsabilidade. A cereja do bolo foi o famigerado Propag, um programa que renegocia as dívidas estaduais às custas da União, ou seja, do povo brasileiro. Resultado? Um rombo potencial de R$ 1,3 trilhão até 2048. Mas, claro, segundo o senador, isso é apenas um “gesto significativo” da União para ajudar os estados. Alcolumbre e sua turma acreditam que equilíbrio fiscal é um problema da União, nunca dos estados, e que imprimir dinheiro ou jogar a conta no colo dos pagadores de impostos é sempre a saída “mais justa”.
Os efeitos dessa irresponsabilidade são previsíveis e devastadores. Como apontado pelo próprio Tesouro Nacional, a União terá que se endividar a juros altíssimos para cobrir esse “favor” concedido aos estados. Enquanto isso, os governadores incompetentes seguem sem precisar cortar gastos, sem reformar suas administrações inchadas e, claro, sem qualquer compromisso com a austeridade. Afinal, por que se preocupar com contas públicas se sempre haverá um governo petista disposto a socializar os prejuízos?
O mais irônico é que até o Ministério do Planejamento e Orçamento reconheceu os riscos desse projeto, recomendando veto total. Mas, como sabemos, para Lula e sua trupe, bom senso econômico nunca foi prioridade. O importante é garantir apoio político e seguir empurrando os problemas para o futuro – de preferência, para o próximo governo resolver.
Outro ponto que evidencia a submissão de Alcolumbre ao governo Lula é o seu comportamento no Senado. O senador amapaense tem votado alinhado com o governo petista em 75,9% das vezes. Isso significa que, apesar de suas declarações vazias sobre “independência”, ele serve fielmente à agenda econômica desastrosa do PT. Mas ele tem uma desculpa conveniente: segundo ele, “o Senado é a casa da federação”. Traduzindo: se for para aprovar medidas que ajudem estados falidos a gastar ainda mais, ele está dentro.
Mas Alcolumbre não parou por aí. Seu histórico inclui também o apoio incondicional à PEC do Piso da Enfermagem. Não que o reconhecimento da categoria não seja justo, mas a forma como isso foi conduzido é um exemplo clássico de populismo fiscal. Criaram a despesa, aumentaram os gastos, mas, surpresa: ninguém pensou em como pagar por isso. O próprio Alcolumbre reconheceu, em discurso no Senado, que os estados e municípios não tinham condições de arcar com essa nova obrigação. Mas, como todo político esperto, em vez de enfrentar a realidade, ele simplesmente jogou o problema para o futuro. Ele sugeriu que o dinheiro poderia vir dos “dividendos da Petrobras” e dos impostos das apostas esportivas. Quer dizer, em vez de cortar gastos desnecessários, a solução é taxar ainda mais a população e depender de receitas incertas. Brilhante!
No fim das contas, o modus operandi de Alcolumbre é o mesmo da esquerda: gastar sem pensar, criar rombos fiscais e esperar que alguém no futuro resolva. Ele personifica a política do imediatismo, onde o que importa é agradar seus aliados políticos, pouco importando as consequências para o país. E assim, com um Senado cada vez mais refém desse tipo de político, seguimos a passos largos para a ruína fiscal.
Se há algo que podemos aprender com essa história, é que enquanto formos governados por políticos que tratam o dinheiro público como se fosse ilimitado, o Brasil jamais sairá do atoleiro. Alcolumbre, Lula e sua turma seguem o mesmo roteiro de sempre: irresponsabilidade fiscal disfarçada de “preocupação social”, enquanto o brasileiro comum paga a conta com inflação, juros altos e crescimento pífio. E assim, o “gesto significativo” do senador não passa de mais um golpe contra o futuro econômico da nação.
Com informações Gazeta do Povo