
Jorge Sukarie Neto, um empresário que, em qualquer país sério, seria aplaudido por sua coragem e lucidez, decidiu expor a verdade que muitos preferem ignorar: a política econômica de Fernando Haddad não passa de um experimento fracassado de socialismo tributário. O que faz essa história ainda mais irônica? O próprio Sukarie foi agraciado com um contrato milionário com o Ministério da Fazenda, mas nem mesmo essa circunstância foi suficiente para silenciá-lo.
Dono da Brasoftware, uma gigante da revenda de software, Sukarie foi direto ao ponto ao criticar a tentativa do governo de tributar APIs, um componente fundamental das transações digitais. A crítica é justa: o governo decide, de forma arbitrária, criar um novo imposto sobre um serviço essencial sem qualquer debate prévio, sem considerar os impactos para desenvolvedores, empresas e, claro, o consumidor final. Alguém realmente acredita que o cidadão comum não será o grande prejudicado por mais esse assalto fiscal?
A hipocrisia desse governo não conhece limites. Durante a tramitação da tão aclamada Reforma Tributária, prometeram simplificação, previsibilidade e crescimento econômico. O resultado? Mais um golpe contra o setor produtivo. Enquanto isso, a gastança desenfreada segue firme e forte. A única certeza que o povo brasileiro tem é que a fatura será repassada para ele.
Mas a indignação de Sukarie não parou por aí. Ele também criticou a tentativa de Haddad de encerrar a política de desoneração da folha de pagamentos por meio de uma Medida Provisória. Traduzindo para o português claro: o governo quer dificultar ainda mais a geração de empregos e tornar o custo da mão de obra ainda mais alto. Quem paga a conta? O empresariado, o trabalhador e toda a economia nacional. O discurso de preocupação com a classe trabalhadora cai por terra quando a esquerda se vê diante da oportunidade de arrecadar mais e alimentar a máquina estatal.
Curiosamente, a Brasoftware já havia recebido mais de R$ 1 bilhão de recursos federais, além de usufruir de isenções fiscais e emendas parlamentares que somam milhões. Se até um empresário beneficiado pelo governo tem coragem de criticar a gestão petista, imagine o caos enfrentado por aqueles que não possuem qualquer tipo de privilégio estatal.
Diante da repercussão, a Brasoftware tratou de divulgar um comunicado para tentar minimizar os danos. Alegaram que Sukarie falou na condição de representante setorial, defendendo diversos segmentos da economia. A empresa também negou ter sido beneficiada por renúncias fiscais ou emendas parlamentares, mesmo diante das informações públicas disponíveis no Portal da Transparência. Ou seja, o governo segue mentindo, os empresários tentam se proteger, e quem sai perdendo? O povo brasileiro.
O caso de Jorge Sukarie Neto é emblemático. Ele representa um raro exemplo de resistência empresarial em meio ao avanço avassalador do estatismo no Brasil. Enquanto muitos preferem se calar para não desagradar o governo de plantão, ele escolheu enfrentar o sistema, apontar suas falhas e expor a perversidade das políticas econômicas de um governo que parece determinado a punir quem produz e premia quem parasita.
O Brasil, infelizmente, continua refém de uma elite política que vê a iniciativa privada como inimiga. Para Haddad e sua turma, o empresário que gera empregos, investe no país e contribui para o crescimento da economia deve ser tratado como um suspeito, enquanto aqueles que vivem às custas do Estado são considerados heróis. A lógica petista é simples: tributar, confiscar, regular e desestimular a produção. O resultado dessa política? O desemprego aumenta, a economia se enfraquece, e os brasileiros pagam cada vez mais caro para manter uma estrutura estatal ineficiente e corrupta.
Enquanto Sukarie levanta a voz contra esse cenário desastroso, quantos empresários continuarão reféns do medo, da chantagem e da dependência estatal? Até quando veremos o setor produtivo acuado, assistindo passivamente ao desmonte da economia nacional? Essas são perguntas que precisam ser feitas, mas que dificilmente serão respondidas por aqueles que hoje ocupam o poder.
No fim das contas, a postura de Fernando Haddad segue fiel à cartilha petista: mais impostos, menos liberdade econômica, mais interferência estatal e um desprezo absoluto pelo empreendedorismo. Quem ousa contestar? Apenas aqueles que ainda acreditam na liberdade, no livre mercado e na meritocracia. Infelizmente, são cada vez menos. E o Brasil segue no caminho da servidão.
Com informações Metrópoles