Ludmila relembra caso dos 33 milhões desviados do INCRA, envolvendo esposa do Noblat, após ser duramente atacada por jornalista

O ataque orquestrado contra a juíza Ludmila Lins Grilo não é apenas mais um episódio da guerra ideológica travada nos bastidores do poder, mas um reflexo do avanço da perseguição

O ataque orquestrado contra a juíza Ludmila Lins Grilo não é apenas mais um episódio da guerra ideológica travada nos bastidores do poder, mas um reflexo do avanço da perseguição contra vozes conservadoras no Brasil. O fato de o Blog do Noblat – um dos mais fiéis porta-vozes da velha imprensa progressista – destacar a condenação da magistrada pelo CNJ expõe a seletividade da justiça e a conivência da mídia com esse tipo de linchamento público. Enquanto juízes e ministros alinhados à extrema-esquerda praticam ativismo judicial descarado, qualquer figura que ouse questionar o sistema é impiedosamente atacada.

A tentativa de reduzir Ludmila Grilo a uma “bolsonarista exilada” ou a uma mera discípula de Olavo de Carvalho é um truque barato para descredibilizar sua atuação e, por tabela, qualquer pensamento divergente do establishment. No entanto, sua resposta afiada – relembrando o escândalo da esposa do Noblat, dos 33 milhões desviados do INCRA – escancara a hipocrisia dos seus algozes. A quem interessa silenciar uma juíza que ousou ensinar os cidadãos a conhecerem e defenderem seus direitos? Aos mesmos que durante a pandemia impuseram um estado de exceção disfarçado de preocupação sanitária, perseguindo aqueles que desafiaram a narrativa oficial.

O STF e setores do CNJ há muito deixaram de atuar como guardiões da Constituição para se transformarem em instrumentos de um projeto autoritário que visa controlar o debate público. A criminalização do conservadorismo e a demonização de qualquer figura ligada ao bolsonarismo fazem parte de uma estratégia mais ampla: consolidar uma hegemonia ideológica no país. Os mesmos que hoje celebram a condenação de Ludmila Grilo se calam diante dos desmandos de ministros do STF que legislam por conta própria e interferem diretamente no Executivo e no Legislativo.

A perseguição contra Ludmila também revela o desespero da esquerda em tentar reescrever a história recente do Brasil. Após anos de aparelhamento das instituições e domínio quase absoluto da narrativa, o avanço das redes sociais e de novas lideranças conservadoras que desafiam o sistema tornou-se uma ameaça real ao status quo. A solução encontrada? Criminalizar opositores, censurar discursos incômodos e utilizar o Judiciário como ferramenta de repressão política.

Ao ser usada como exemplo de “exilada” por Eduardo Bolsonaro, Ludmila Grilo se torna um símbolo da resistência contra esse estado de coisas. Sua decisão de deixar o Brasil não é um ato de fraqueza, mas um alerta. Quando magistrados precisam sair do país para preservar sua segurança e liberdade, significa que a democracia brasileira está gravemente comprometida. A grande questão que permanece é: até quando a população aceitará passivamente essa escalada autoritária?

Relembre o caso do escândalo dos R$ 33 milhões desviado do INCRA envolvendo a esposa do jornalista Ricardo Noblat

Os anos passam, mas certos escândalos permanecem como cicatrizes na história da gestão pública brasileira. Um desses casos, é o artigo (Jungmann e “O Processo”. Entenda o caso) do Reinaldo Azevedo, Veja, publicado em 31/julho/2020, sobre o desvio de R$ 33 milhões do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), ocorrido entre 1998 e 2002. Na época, o caso ganhou notoriedade não apenas pelo montante supostamente desviado, mas pelos nomes envolvidos, incluindo a esposa do jornalista Ricardo Noblat e outras figuras ligadas à imprensa. O que era um debate sobre contratos de publicidade acabou se tornando um verdadeiro teatro de absurdos, com direito a acusações, moralismo seletivo e um véu de hipocrisia.

A Procuradoria da República do Distrito Federal acusou o então ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann, e outras oito pessoas de desviar recursos para pagar contratos de publicidade do INCRA, causando um prejuízo bilionário ao erário. Entre os acusados estavam Rebeca Scatrut e Alba Chacon, sócias da empresa de consultoria e assessoria de comunicação Informes, e Flávia Torreão, contratada por ambas. Rebeca, por sua vez, é casada com o jornalista Ricardo Noblat, enquanto Flávia é esposa de Nelson Torreão, ex-editor do Correio Braziliense.

A conexão pernambucana entre os envolvidos chamou a atenção do Ministério Público, que sugeriu um possível favorecimento na imagem de Jungmann por meio da assessoria de imprensa. Mas a questão principal permaneceu sem resposta: houve, de fato, um desvio em benefício próprio?

Diferente do que se costuma ver em casos de corrupção no Brasil, o Ministério Público não moveu uma ação penal, e sim uma Ação Civil Pública, caracterizada como de direito administrativo. O argumento era de que os recursos foram utilizados para um fim distinto do especificado originalmente. Curiosamente, um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado em 2004 pelo próprio governo petista não encontrou irregularidades. O MP, no entanto, ignorou essas conclusões.

Entre as irregularidades apontadas estava a contratação de assessoria de imprensa sem licitação direta. No entanto, as agências de publicidade Casablanca e Artplan, que prestaram serviços ao INCRA, tinham licitação regular, permitindo a subcontratação de assessorias, conforme o artigo 72 da Lei 8.666/93. O PAD confirmou que o procedimento era legal.

Para completar a ironia, do valor total do contrato de R$ 33 milhões, o que não teve comprovação de execução de serviços foi R$ 562 mil, uma fração mínima do montante total. Entretanto, o público foi levado a acreditar que todo o valor estava envolvido em corrupção.

A discussão também levantou um tema sensível sobre os bastidores da imprensa: a terceirização de serviços de comunicação. Salários modestos pagos pelo governo aos jornalistas criaram um mercado informal de consultorias, onde agências contratadas pelo poder público repassam os serviços a assessores bem remunerados. Esse expediente, comum em diversas esferas governamentais, foi tratado como escândalo no caso do INCRA, enquanto em outros ministérios e governos era encarado como prática corriqueira.

A imprensa, sempre pronta para denunciar desvios, raramente expõe seus próprios conflitos de interesse. Muitos jornalistas atuam como assessores de políticos e governos enquanto mantêm colunas e blogs de opinião, mascarando seus vínculos com o poder. Esse jogo duplo levanta questionamentos sobre a imparcialidade da cobertura midiática.

O caso teve grande repercussão à época, com a deputada Denise Frossard (PPS-RJ) se oferecendo para advogar de graça para Jungmann assim que seu mandato terminasse. O ex-ministro, por sua vez, foi enfático ao declarar sua inocência e se dispôs a abrir todas as suas contas para investigação.

Hoje, com as memórias do caso adormecidas, vale a pena relembrar como certos processos são instrumentalizados para fins políticos e midiáticos. Enquanto alguns são condenados na opinião pública sem provas concretas, outros escapam impunes apesar de evidências robustas contra eles. O “moralismo de pau oco”, como dito na época, segue vivo e atuante, moldando narrativas conforme as conveniências do momento.

Com informações Veja/Blog Reinaldo Azevedo

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