Lula e a farsa sindical: discurso populista que não representa o trabalhador

Lula publicou mais uma de suas declarações públicas no Twitter/X, como de costume, tentando pintar um retrato romântico do seu suposto compromisso com a “classe trabalhadora”. O ex-metalúrgico, que há

Lula publicou mais uma de suas declarações públicas no Twitter/X, como de costume, tentando pintar um retrato romântico do seu suposto compromisso com a “classe trabalhadora”. O ex-metalúrgico, que há décadas vive às custas do Estado e de alianças questionáveis, declarou ter se reunido com dirigentes das principais centrais sindicais do Brasil, em comemoração ao Dia do Trabalhador, celebrado em 1º de maio. Em tom triunfalista, Lula afirmou ter recebido o documento intitulado: “Pauta da classe trabalhadora: prioridades para 2025. Por um Brasil mais justo, solidário, democrático, soberano e sustentável”. E, como não poderia faltar, repetiu o velho bordão de que seu governo tem raízes nessa luta e que as portas do Planalto estarão sempre abertas ao diálogo.

Mas será mesmo que o governo petista dialoga com todos que fazem “a roda da economia girar”? Ou apenas com aqueles que gritam palavras de ordem ao som de bandeiras vermelhas e financiamento sindical?

Vamos aos fatos.

Lula se apresenta como defensor da classe trabalhadora, mas na prática governa para manter as estruturas que beneficiam um seleto grupo de sindicalistas, funcionários públicos privilegiados e aliados políticos. O cidadão comum, aquele que acorda cedo, empreende, enfrenta a burocracia estatal e tenta pagar os boletos em dia, raramente vê algum benefício vindo dessas articulações.

O mais irônico é que Lula fala de “solidariedade” enquanto pune severamente os pequenos empresários com alta carga tributária e sufocante regulação estatal. Onde está a solidariedade com quem gera empregos reais?

A tal “Marcha da Classe Trabalhadora”, como foi chamada, é uma performance política disfarçada de mobilização popular. Financiada direta ou indiretamente por sindicatos encostados nas verbas públicas, essa marcha serve mais para pressionar o governo por benefícios e verbas do que para representar a realidade do trabalhador brasileiro que vive fora da bolha do sindicalismo.

É fundamental lembrar que as centrais sindicais brasileiras não são exatamente exemplos de meritocracia, eficiência ou representatividade. Após a reforma trabalhista de 2017, que eliminou a obrigatoriedade do imposto sindical, muitas dessas entidades viram sua arrecadação cair drasticamente — revelando o óbvio: a maior parte dos trabalhadores não via valor em sustentá-las. Ainda assim, o governo Lula tenta ressuscitar esse sistema de dependência, com projetos de lei que visam reestabelecer contribuições obrigatórias, inclusive para aqueles que não são sindicalizados.

O que é isso senão confisco disfarçado de contribuição?

Enquanto isso, microempreendedores, trabalhadores autônomos e até os novos profissionais das plataformas digitais são sistematicamente ignorados no discurso lulista. A nova economia — que se move pela tecnologia, pela liberdade de escolha e pela meritocracia — não interessa ao governo petista. Afinal, ela foge ao controle do Estado e desafia a estrutura verticalizada das antigas corporações sindicais.

O uso de palavras como “soberania”, “sustentabilidade” e “democracia” soa bonito, mas, na boca de Lula, perde toda a credibilidade. Afinal, que democracia é essa que persegue adversários políticos, censura redes sociais e busca regular a mídia? Que soberania é essa que flerta com ditaduras, abre mão de acordos bilaterais estratégicos com países democráticos e acena para o eixo bolivariano?

E sobre sustentabilidade? O mesmo governo que se diz amigo do meio ambiente cede aos caprichos do agronegócio ideologicamente aliado quando lhe convém, mas ataca o produtor rural conservador sempre que possível, com o apoio de ONGs estrangeiras e discursos vagos sobre “preservação”.

Parece que a sustentabilidade, nesse governo, é seletiva — como todo o resto.

Quando Lula diz que as portas de seu governo estão abertas para o diálogo, é importante perguntar: diálogo com quem? Com os caminhoneiros autônomos que pararam o país em 2018? Com os empresários que enfrentam calotes do governo? Com os pais de família que não têm escola decente para seus filhos porque o dinheiro foi desviado para “organizações sociais” amigas do partido?

Não. O diálogo de Lula é com quem canta o hino da militância sindical, aplaude as pautas progressistas e fecha os olhos para os escândalos de corrupção que marcaram os governos petistas. É com essa “classe trabalhadora seletiva” que ele conversa.

É por isso que a narrativa da luta de classes ainda é tão útil ao lulopetismo. Ela perpetua a ideia de que há “exploradores” e “explorados”, onde, obviamente, os vilões são os empresários, os conservadores, os religiosos, e qualquer um que critique o Estado inchado. Mas no mundo real, o “explorado” é o cidadão de bem, que paga caro por serviços públicos precários e assiste à elite sindical — aliada do governo — acumular influência e privilégios.

Esse teatro sindical serve apenas para reafirmar a centralidade do Estado como solucionador de tudo. E quem discorda disso é automaticamente chamado de “neoliberal”, “fascista” ou “inimigo do povo”. O que Lula e seus aliados não suportam é a ideia de um Brasil onde o indivíduo seja livre, onde o Estado seja mínimo e onde o trabalho seja valorizado com base na produtividade e não na ideologia.

Vamos ser francos: o trabalhador brasileiro não precisa de mais discursos, marchas ou panfletos com palavras vazias. Ele precisa de menos impostos, menos burocracia, mais liberdade econômica, segurança jurídica e um sistema educacional que forme cidadãos críticos e produtivos — não militantes de partido.

O Brasil precisa, urgentemente, reverter a lógica que mantém o Estado como o senhor da vida econômica do país. O que faz a roda da economia girar é o trabalho honesto, o empreendedorismo, a livre iniciativa e o mérito — e não a politicagem sindical, os conchavos ministeriais e as reuniões recheadas de palavras bonitas e intenções duvidosas.

Lula, com seu discurso paternalista e antiquado, tenta capturar emocionalmente a classe trabalhadora, como se ela ainda estivesse presa à década de 80. Mas a verdade é que o Brasil mudou. Os trabalhadores de hoje querem mais do que “diálogo com o governo” — querem liberdade para crescer sem amarras estatais.

Mas será que Lula quer isso?

Em vez de seguir o caminho da liberdade e do progresso, o atual governo insiste na retórica da dependência e do controle. Alimenta-se da fragilidade de um sistema sindical desacreditado, e promete mundos e fundos a grupos organizados que, em troca, entregam apoio político e controle narrativo.

É assim que se mantém o poder no lulismo: por meio de um populismo institucionalizado, onde o trabalhador é sempre vítima, o Estado é sempre salvador, e o “diálogo” é sempre com quem bate palmas para o partido.

Não nos enganemos: a “Pauta da Classe Trabalhadora” é, na prática, a pauta de uma elite sindical que vive à sombra do Estado. É um documento que serve mais ao palanque do que ao povo. Se houvesse real preocupação com os trabalhadores, o governo estaria focado em facilitar a vida do cidadão comum — e não em criar slogans para marchas ideológicas.

O Brasil precisa de líderes que libertem o povo da dependência estatal, e não que usem essa dependência como trampolim político.

E você, trabalhador honesto, que acorda cedo e paga seus impostos — está representado nessa pauta?

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