“Não cabe anistia a quem atacou o Estado de Direito…”, diz Humberto Costa do PT

​A recente declaração do senador Humberto Costa, do Partido dos Trabalhadores (PT), em sua página no X @senadorhumberto, afirmando que “não cabe anistia a quem atacou o Estado de Direito”,

Deputado federal Humberto Costa (PT) – Foto: Roberto Stuckert Filho

​A recente declaração do senador Humberto Costa, do Partido dos Trabalhadores (PT), em sua página no X @senadorhumberto, afirmando que “não cabe anistia a quem atacou o Estado de Direito”, é uma manifestação de hipocrisia política que não pode passar despercebida. Vinda de um partido historicamente envolvido em escândalos de corrupção que abalaram as estruturas democráticas do Brasil, tal afirmação soa como uma tentativa de reescrever a história e desviar a atenção dos próprios delitos.​

O PT, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, esteve no centro de diversos escândalos que comprometeram a integridade das instituições brasileiras. O Mensalão, revelado em 2005, expôs um esquema de compra de votos no Congresso Nacional, onde parlamentares recebiam pagamentos mensais para apoiar projetos do governo. Esse episódio não apenas evidenciou a corrupção sistêmica, mas também revelou o desprezo pela democracia e pelo Estado de Direito por parte daqueles que agora se colocam como seus defensores.​

Posteriormente, a Operação Lava Jato desvendou um esquema ainda mais amplo de desvio de recursos públicos, envolvendo a Petrobras e grandes empreiteiras, como a Odebrecht. As investigações mostraram que o PT e seus aliados estabeleceram uma rede de corrupção que drenou bilhões dos cofres públicos, minando a confiança da população nas instituições e enfraquecendo os pilares da democracia brasileira.

Além disso, o escândalo dos Sanguessugas, que veio à tona em 2006, revelou um esquema de superfaturamento na compra de ambulâncias, envolvendo parlamentares que destinavam emendas para a aquisição de veículos com preços inflacionados, em troca de propinas. O PT, mais uma vez, estava entre os partidos implicados, demonstrando uma recorrente prática de corrupção e desrespeito ao erário público.

Diante desse histórico, é no mínimo irônico que um representante do PT fale em defesa do Estado de Direito e condene anistias. O partido que, por anos, operou esquemas que corroeram as bases democráticas do país, agora busca se posicionar como guardião da moralidade e da legalidade. Essa postura revela uma tentativa de manipular a narrativa política, desviando o foco de suas próprias transgressões e apontando o dedo para outros.​

A estratégia é clara: ao adotar um discurso de defesa da democracia e do Estado de Direito, o PT busca reconstruir sua imagem pública e recuperar a confiança perdida. No entanto, para aqueles que acompanharam de perto os desdobramentos dos inúmeros escândalos protagonizados pelo partido, essa tentativa soa vazia e desprovida de credibilidade.​

É fundamental que a sociedade brasileira mantenha uma memória política ativa e crítica. Não se pode permitir que discursos oportunistas e revisionistas apaguem ou minimizem os danos causados por anos de corrupção e má gestão. A verdadeira defesa do Estado de Direito passa pelo reconhecimento dos erros cometidos, pela responsabilização dos envolvidos e pela implementação de medidas concretas que impeçam a repetição de tais práticas.​

Portanto, ao ouvir declarações como a do senador Humberto Costa, é imprescindível questionar a legitimidade de tais posicionamentos e lembrar do histórico do partido que ele representa. A defesa da democracia e do Estado de Direito não pode ser usada como ferramenta retórica por aqueles que, no passado recente, contribuíram para seu enfraquecimento. A reconstrução da confiança nas instituições brasileiras exige coerência, transparência e, acima de tudo, compromisso genuíno com os valores democráticos.

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