“Não é verdade que Lula irá taxar empresas de tecnologia se Trump impuser tarifas ao Brasil” – diz Haddad

Ah, Fernando Haddad, sempre um poeta da política econômica, desbravador de palavras cuidadosamente selecionadas para não dizer absolutamente nada! Eis que surge o nobre ministro, descendo de sua torre de

Ah, Fernando Haddad, sempre um poeta da política econômica, desbravador de palavras cuidadosamente selecionadas para não dizer absolutamente nada! Eis que surge o nobre ministro, descendo de sua torre de marfim acadêmica, para nos brindar com sua mais recente obra-prima de retórica burocrática: “Para não deixar dúvida”.

Aí você lê essa introdução e já sabe que a dúvida está garantida! Porque, convenhamos, quando um político começa com essa frase, é como se um vendedor de carro usado dissesse “pode confiar, essa relíquia nunca bateu”. É um aviso de que vem enrolação pela frente, um daqueles discursos treinados que conseguem, num passe de mágica, desdizer sem negar, afirmar sem prometer e confundir sem parecer contraditório. É quase um truque de prestidigitação verbal.

O ministro nos assegura que não é correta a informação de que o governo Lula pretende taxar empresas de tecnologia caso os Estados Unidos resolvam impor tarifas ao Brasil. Perfeito. Mas o que ele realmente quer dizer? Nada além de um elegante jogo de palavras, um passeio filosófico entre o “não está certo” e o “não está errado”. O velho truque da política: negar sem descartar totalmente a possibilidade.

Afinal, esse governo, tão apegado à ideia de “equidade tributária”, sempre flerta com novas formas de arrecadação. Você sabe, o Brasil tem um histórico invejável de inventar impostos com a criatividade de um artista renascentista. Quem não se lembra da CPMF, que entrou na nossa vida como um “imposto provisório” e ficou por longos anos como aquele parente inconveniente que nunca vai embora? Ah, a nostalgia!

Mas Haddad, com sua elegância professoral, afirma que o governo Lula teve a “decisão sensata” de não se manifestar sobre algo que, segundo ele, ainda não existe. Ora, que decisão brilhante! Um governo decidindo não decidir! Esse é o tipo de pragmatismo que só a burocracia estatal pode nos oferecer. Enquanto isso, nós, meros mortais, assistimos à movimentação de gigantes como Apple, Google e Microsoft, que já sentiram o cheiro de imposto novo no ar e começaram a calcular os preços dos novos tributos – que, como sempre, acabarão no colo do consumidor.

E claro, Haddad fecha com chave de ouro: “Vamos aguardar a orientação do presidente”. Essa é a versão política de “deixa que eu vejo isso depois”. O famoso jogo do empurra, onde ninguém quer ser o responsável pelo anúncio da má notícia, mas todos sabem que ela está no forno, pronta para sair. Enquanto isso, Lula, que sempre teve um talento especial para discursos grandiosos e promessas nebulosas, continua com sua estratégia de pisar no freio quando o assunto é impopular.

No final das contas, o que realmente temos aqui? Um governo que diz que não está fazendo algo – ainda. Um ministro que nega uma informação sem fechar a porta para sua futura realização. Um presidente que prefere deixar no vácuo qualquer assunto que possa afetar sua popularidade. E um povo que já aprendeu a decifrar esse tipo de jogada: quando um político nega algo com tanta veemência, é melhor começar a se preparar para o pior.

Mas não se preocupe, caro leitor. No Brasil, sempre há um imposto novo esperando para ser criado, uma taxa pronta para ser anunciada e uma desculpa perfeitamente planejada para justificar o inevitável. E quando a conta chegar, pode ter certeza de que Haddad ou qualquer outro ministro terá uma explicação brilhante para nos convencer de que, no fim das contas, é tudo para o nosso próprio bem.

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