
O que acontece quando a verdade se impõe mesmo em meio ao caos? Nos últimos dias, um evento sem precedentes ocorreu em Gaza: centenas de palestinos foram às ruas para protestar contra o Hamas, o grupo terrorista que governa a região com mão de ferro desde 2007. Em meio a gritos de “Hamas para fora!” e “Chega de guerras!”, o que se viu foi um desabafo legítimo de uma população exausta e esmagada por um regime que os utiliza como escudos humanos para perpetuar sua narrativa de vitimização internacional.
Os protestos foram registrados em Beit Lahiya, no norte de Gaza, uma das áreas mais devastadas pela guerra, onde praticamente não restaram edifícios inteiros e os cidadãos foram deslocados várias vezes para escapar do conflito. Mas o que torna essa manifestação especialmente relevante? Simples: trata-se de uma expressão pública rara de oposição ao Hamas, um grupo que não admite dissidência e silencia qualquer contestação com punho de ferro.
Diante disso, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que as manifestações comprovam que a política israelense está funcionando. E ele está certo. Pela primeira vez em anos, os próprios palestinos reconhecem que o Hamas não os representa, e que o maior inimigo da paz em Gaza não é Israel, mas sim o grupo extremista que governa o enclave com terror e manipulação.
O mais interessante é que os vídeos dessas manifestações viralizaram rapidamente nas redes sociais, e o silêncio ensurdecedor da grande mídia revela muito sobre a conivência internacional com o Hamas. Se fosse um protesto contra Israel, não restam dúvidas de que os jornais ocidentais estampariam manchetes em letras garrafais. Mas quando palestinos se voltam contra o verdadeiro opressor, a narrativa midiática entra em colapso.
Mesmo com as tentativas de encobrir essa realidade, os fatos são inegáveis: o Hamas perdeu o controle da narrativa e a população está farta de ser usada como moeda de troca para os interesses terroristas. A repressão brutal que sempre impuseram está ficando insustentável, principalmente agora que o grupo está enfraquecido militarmente após meses de ofensiva israelense.
É importante lembrar que, desde a retomada dos ataques israelenses em 18 de março, o Hamas praticamente sumiu das ruas. Seus líderes e combatentes se esconderam para evitar os ataques enquanto o povo palestino segue exposto aos bombardeios – uma tática covarde que escancara, mais uma vez, o descaso do grupo terrorista com sua própria população.
A resposta do Hamas às manifestações foi previsível: acusaram os protestos de serem fruto de “agendas políticas suspeitas”. Em outras palavras, qualquer crítica legítima é tratada como traição e os manifestantes são colocados na mira de um regime que não admite ser questionado. A verdade é que os palestinos comuns estão cansados de viver sob um governo que só lhes trouxe sofrimento e destruição.
Os números do conflito são chocantes. Mais de 50 mil palestinos já morreram desde que Israel iniciou sua ofensiva em resposta ao massacre de 7 de outubro, quando terroristas do Hamas invadiram Israel, mataram 1.200 civis e sequestraram 251 pessoas. O ciclo de violência foi iniciado pelo Hamas, e agora a própria população de Gaza está colhendo as consequências das decisões desastrosas do grupo.
Enquanto isso, o embate político entre Hamas e Fatah, o partido que comanda a Autoridade Palestina na Cisjordânia, só cresce. O Fatah já pediu publicamente que o Hamas ouça o povo e deixe o poder, algo que dificilmente acontecerá sem um embate sangrento. Afinal, o Hamas se agarra ao poder com unhas e dentes, mantendo Gaza sob um regime opressor há quase duas décadas.
A realidade é uma só: os protestos são um reflexo do fracasso absoluto do Hamas como governante. Gaza está destruída, sua população está esgotada e a resistência ao grupo cresce a cada dia. Se essa onda de indignação continuar, talvez o mundo finalmente veja o que muitos tentam esconder: o Hamas nunca foi um defensor dos palestinos – sempre foi o seu maior algoz.
Com informações Reuters