
A narrativa sobre o “Programa Pé-de-Meia”, lançado pelo governo Lula, só pode ser vista como mais uma peça de propaganda disfarçada de ação social, um reflexo do cenário político onde o verdadeiro objetivo não é resolver problemas estruturais, mas sim criar uma rede de dependência e controle sobre a população mais vulnerável. Vamos destrinchar este programa sob uma ótica conservadora, pessoal e crítica, e desvendar as falácias por trás dessa narrativa que tenta ser vendida como a solução para a evasão escolar no Brasil.
Primeiro, é importante frisar que, em essência, o “Pé-de-Meia” não é nada mais do que uma tentativa de transformar o Estado em “salvador da pátria”, oferecendo benefícios financeiros para aqueles que, de acordo com o governo, são os mais necessitados. Mas quem são esses beneficiários? A resposta é simples: em grande parte, são aqueles que, por alguma razão, votaram em Lula e continuam sendo alimentados por sua retórica de “resgatar os pobres”. A verdade, no entanto, é muito mais complexa e, ao mesmo tempo, alarmante.
Analisando os dados de cidades como Riacho de Santana (BA), Porto de Moz (PA) e Natalândia (MG), notamos que o número de beneficiários do programa supera em muito o número de alunos matriculados. Isso não é apenas uma falha administrativa. Essa discrepância pode ser vista como uma estratégia deliberada para garantir votos e lealdade política, manipulando os números de maneira a beneficiar ainda mais a base eleitoral de Lula. O “Pé-de-Meia” visa distribuir dinheiro a uma massa de eleitores, o que se encaixa perfeitamente na lógica de um governo que se sustenta com promessas de um futuro mais igualitário enquanto ignora as falhas estruturais do sistema educacional.
A falácia da “inclusão”
O programa tenta nos convencer de que está combatendo a evasão escolar ao injetar recursos financeiros diretamente nas mãos de estudantes do ensino médio. Porém, ao aprofundarmos a análise, nos deparamos com uma realidade muito mais sinistra. Em diversas localidades, o benefício foi pago a pessoas que claramente não se enquadram nos critérios de renda estabelecidos pelo programa. Aqui, vemos o quanto o sistema de controle do governo é falho e, mais importante, o quanto ele deixa brechas para o abuso. Como, por exemplo, o caso de professores que possuem um salário superior a R$ 5.000 mensais, recebendo indevidamente o benefício destinado a famílias de baixa renda.

Essa prática não é apenas imoral; ela é um reflexo de como os mecanismos estatais podem ser manipulados para perpetuar um ciclo de dependência e controle. O governo Lula, ao invés de fomentar a autossuficiência e a capacitação de seus cidadãos, opta por mantê-los reféns de um sistema de assistencialismo que apenas reforça a ignorância e a passividade da população. Além disso, essa falha na implementação do programa é uma clara demonstração de ineficiência, algo que, como conservadores, sabemos ser a verdadeira característica de governos que priorizam a ideologia sobre a competência administrativa.
O impacto da falácia educacional
É risível que o governo Lula ainda insista na narrativa de que o programa “Pé-de-Meia” visa combater a evasão escolar de forma eficiente. A verdade é que ele não resolve, de fato, os problemas do ensino médio no Brasil. Ao invés de investir na melhoria da infraestrutura das escolas, em cursos técnicos, em programas de qualidade que incentivem os alunos a se empenharem em seus estudos, o governo simplesmente oferece um benefício financeiro para manter os estudantes na escola, independentemente de sua dedicação ao aprendizado.
Esse tipo de abordagem não resolve o problema. Na realidade, ela perpetua a mediocridade educacional. Alunos que não possuem a menor motivação para estudar ou que, muitas vezes, mal têm acesso aos recursos necessários para aprender de forma eficaz, acabam sendo mantidos na escola apenas para garantir que o programa se cumpra. A evasão escolar não será resolvida com uma bolsa, mas com investimentos substanciais no conteúdo e na qualidade do ensino oferecido.
O controle ideológico e a manipulação da base eleitoral
A relação do “Pé-de-Meia” com a base eleitoral de Lula é uma outra faceta de manipulação ideológica. Quando o governo distribui recursos sem critérios claros e sem a devida fiscalização, ele está criando uma rede de dependência que visa, claramente, garantir a perpetuação do poder. Aquelas cidades do Norte e Nordeste, como Porto de Moz e Riacho de Santana, com altíssimos números de beneficiários do programa, coincidem exatamente com os votos que Lula obteve na eleição de 2022. Ao distribuir dinheiro em regiões em que o apoio a seu governo é fundamental, Lula reforça sua base, criando uma lealdade que, por meio de programas assistenciais, se transforma em algo quase que automático.
Esse é o tipo de política assistencialista que, em última análise, enfraquece a autonomia do indivíduo e o poder de decisão popular. Ao invés de investir em políticas públicas que incentivem a competitividade, a capacitação e a busca pela excelência, o governo cria uma sociedade dependente do “Pé-de-Meia”. Esse tipo de controle disfarçado de solidariedade tem como objetivo não ajudar a população, mas mantê-la sob o jugo da necessidade, sempre à mercê do governo para garantir a sua subsistência.
O impacto econômico: mais dinheiro para um sistema falido
A alegação de que o programa “Pé-de-Meia” é um grande sucesso porque está injetando bilhões de reais no orçamento educacional é outra falácia. O fato de o governo gastar bilhões de reais em um programa com tamanha ineficiência e falhas na implementação é um desperdício absoluto de recursos. Não apenas o governo não investe de forma adequada em infraestrutura educacional, mas também desperdiça dinheiro com benefícios que estão sendo pagos a quem não precisa, enquanto aqueles que realmente carecem são deixados para trás. O custo do programa, estimado em R$ 12,5 bilhões por ano, poderia ser melhor investido em projetos que, de fato, incentivassem a educação de qualidade e a melhoria das condições das escolas em todo o Brasil.
É uma visão distorcida achar que um simples pagamento de bolsa pode substituir as reformas estruturais que o sistema educacional brasileiro tanto necessita. O “Pé-de-Meia” é um paliativo para um problema muito maior: a total falência do sistema educacional que, em vez de ser corrigido com responsabilidade, continua sendo mantido na precariedade com programas assistenciais que apenas escondem a verdadeira raiz do problema.
O “Pé-de-Meia” é mais uma ferramenta de controle do governo Lula, que se utiliza da retórica assistencialista para criar uma população dependente e submissa. Ao invés de investir em reformas profundas que melhorem a educação de forma sustentável, o governo prefere jogar dinheiro em um programa falho, ineficaz e com fortes conotações eleitorais. O impacto disso será um país cada vez mais dependente, mais preso a um ciclo de mediocridade e incompetência, sem que o verdadeiro problema da educação no Brasil seja, de fato, enfrentado. Esse é o Brasil que a esquerda deseja construir: um Brasil onde a dependência do governo se torna a regra e não a exceção. O conservadorismo, por outro lado, preza pela autonomia, pela educação de qualidade, e por uma sociedade onde o cidadão não dependa do Estado para alcançar o sucesso.
Com informações Estadão