
O Brasil que um dia se orgulhou de ser um Estado Democrático de Direito assiste, atônito, à degradação física e psicológica de cidadãos que ousaram desafiar o sistema. Os presos do 8 de janeiro, agora relegados ao esquecimento nas masmorras do regime, sofrem não apenas a privação de liberdade, mas também o mais cruel abandono estatal. Um dossiê recentemente revelado escancara as mazelas que acometem esses patriotas: pancreatite, depressão, nódulos, hemorroidas em estágio avançado e até sopro no coração. Doenças que, em qualquer circunstância normal, demandariam tratamento digno, mas que agora são tratadas com o desprezo característico de regimes autoritários.
Tome-se o caso do pastor Jorge Luiz dos Santos, um homem de fé, condenado a impressionantes 16 anos de prisão. O seu crime? Ter acreditado que podia se manifestar politicamente sem temer represálias. Hoje, enfrenta hemorroida interna nível 4 e precisa de cirurgia. Como se não bastasse, sofre de sopro cardíaco nível 6, uma condição séria que exige acompanhamento médico. Mas onde está o Estado? Onde está a tão propagada “humanização do sistema prisional” que a esquerda sempre defendeu para seus criminosos de estimação?
Outro caso que deveria causar comoção, mas que é tratado com indiferença pelas grandes redações, é o de Sérgio Amaral Resende, um engenheiro de 54 anos, também sentenciado a 16 anos de prisão. Resende desenvolveu pancreatite, que evoluiu para necrose, além de infecção hospitalar, hérnia umbilical grande e anemia profunda. Três meses internado. Três meses lutando contra a morte para, ao final, ser devolvido à Papuda, como se sua condição de saúde fosse irrelevante. E onde estão os defensores dos direitos humanos? Será que a preocupação deles só existe para quem carrega fuzis e faz reféns dentro de ônibus?
E o que dizer do caso de Ana Paula de Souza? Uma mulher de 35 anos, capturada na Argentina como se fosse uma criminosa de alta periculosidade. Seu crime? Ter deixado o Brasil após os eventos de janeiro. Agora, enfrenta um nódulo no seio, além de tireoidite de Hashimoto e depressão. A esquerda sempre vociferou sobre os direitos das mulheres, mas diante dessa tragédia pessoal, impõe o silêncio mais ensurdecedor.
O dossiê ainda relata outros casos alarmantes, como o do motoboy Rodrigo Ramalho, cujo drama se estende para além das grades: sua esposa e seus filhos sofrem de ossos de vidro, uma doença rara e debilitante. Mas o sistema, impiedoso, não se importa com as consequências para essa família.
O que está em jogo aqui não é apenas a condição médica desses prisioneiros políticos, mas sim o colapso das garantias fundamentais. Quando um Estado escolhe quem merece compaixão e quem deve ser esquecido, ele rasga a Constituição e abre as portas para uma tirania implacável. Não se trata mais de punir atos, mas de exterminar adversários políticos.
A história não perdoará aqueles que se omitiram. O martírio desses cidadãos não será esquecido, e a verdade, cedo ou tarde, virá à tona. Enquanto isso, resta a pergunta: quem será o próximo a sentir o peso de um regime que persegue seus próprios filhos?
Com informações Revista Oeste