“Sem Anistia!”, diz Camila Rocha, Folha de S.Paulo

O artigo, “Sem Anistia!”, de Camila Rocha, uma jornalista que se destaca por sua visão de mundo claramente voltada para a agenda progressista e esquerdista, tenta vender mais uma narrativa

Paulo Pinto/Agência Brasil

O artigo, “Sem Anistia!”, de Camila Rocha, uma jornalista que se destaca por sua visão de mundo claramente voltada para a agenda progressista e esquerdista, tenta vender mais uma narrativa que pode ser facilmente desconstruída quando se observa os fatos e as opiniões das pessoas comuns, longe dos círculos elitistas e ideológicos que dominam certos veículos de comunicação como a Folha de S.Paulo. Ela tenta, de maneira desesperada, vender a ideia de que a maioria da população brasileira está contrária à ideia de uma anistia para aqueles que participaram dos atos de 8 de janeiro, e, ao mesmo tempo, tenta justificar uma postura autoritária, defendendo o isolamento de certos grupos.

Camila começa seu artigo com uma tentativa de reforçar a ideia de que a anistia aos “golpistas”, como ela os chama, é algo que está fora de questão para a maioria da população brasileira. Contudo, o que ela não diz, ou omite convenientemente, é que as pessoas que, em um primeiro momento, se opõem a essa ideia de anistia, podem não compreender o contexto total de uma situação política altamente manipulada por setores que buscam criminalizar uma parte da população, a saber, aqueles que não se conformaram com o resultado das eleições. Para a jornalista, a ideia de conceder uma anistia a quem participou desses protestos parece um ato de enfraquecer o poder do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mas ela faz isso com um véu de moralidade.

O que se torna claro, quando observamos as pesquisas mencionadas por Camila, é que existe uma falha nas suas próprias conclusões. Ela se apega a dados de pesquisas de opinião pública, tentando fazer crer que a população está irredutivelmente contra a anistia, mas não questiona, em nenhum momento, o contexto dessas pesquisas. A jornalista não se preocupa em analisar como essas pesquisas são feitas, qual é o seu público alvo ou como a manipulação da mídia tem distorcido as narrativas em torno do bolsonarismo, e como isso tem moldado a opinião pública. O que ela realmente faz é defender um discurso de controle, uma postura elitista que não busca resolver as verdadeiras questões que estão sendo levantadas pela sociedade, mas, sim, garantir que a narrativa progressista continue prevalecendo.

Se fosse possível ouvir a verdadeira voz do povo, fora dos números frios e impessoais das pesquisas, muitos veriam que o que está em jogo não é apenas uma questão de anistia, mas de liberdade. O que vemos no Brasil hoje é uma tentativa desesperada de impor uma narrativa única, onde as vozes de milhares de brasileiros que discordam da esquerda são marginalizadas. O uso de termos como “golpistas” para descrever pessoas que apenas protestaram contra o que acreditam ser um governo ilegítimo é um reflexo claro dessa tentativa de silenciar o pensamento crítico e o dissenso. Não são “golpistas” aqueles que protestam contra o que consideram ser uma fraude, mas cidadãos exercendo seu direito à liberdade de expressão.

A postura de Camila Rocha, com seu texto cheio de preconceito ideológico, reflete a incapacidade da esquerda em compreender o que realmente está em jogo. Ela não reconhece que muitos dos que participaram dos protestos do dia 8 de janeiro o fizeram movidos pela indignação, pela sensação de que estavam sendo roubados em seus direitos de escolha política. Camila ignora, ou simplesmente não consegue compreender, que a democracia vai além de um governo eleito, e que a verdadeira democracia é construída quando todas as vozes são ouvidas, e não apenas quando a voz dos que pensam de forma semelhante a ela prevalece.

Não é surpreendente que Camila, e outros jornalistas que compartilham de sua visão, busquem fazer uma analogia com o que aconteceu em outros momentos históricos, tentando associar a luta por justiça a uma suposta ameaça à democracia. Mas o que eles não veem é que, ao criminalizar uma parte significativa da população, eles estão destruindo os próprios princípios democráticos que tanto dizem defender. Se a democracia é capaz de se sustentar apenas quando uma parte da população é silenciada, então, de fato, a democracia está em perigo, mas não por causa de quem protestou, mas por aqueles que usam o poder da mídia para distorcer a realidade.

Camila tenta vender a ideia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro está isolado politicamente e que sua base de apoio está murchando, mas o que ela não entende é que, ao contrário do que ela imagina, a ideologia bolsonarista não depende apenas de uma pessoa. A ideia de Bolsonaro é, na verdade, um reflexo da revolta de uma parte significativa da população contra a corrupção, contra os interesses estrangeiros que sempre dominaram o Brasil, contra as elites políticas que se perpetuam no poder. A nação brasileira, embora dividida, ainda resiste, e isso incomoda a esquerda, que precisa da divisão para sustentar sua narrativa.

Camila também critica os manifestantes que foram às ruas em apoio à anistia, dizendo que o número de pessoas presentes nas manifestações foi menor do que o esperado. O que ela não menciona é que a repressão a esses protestos e o cerceamento de liberdade de expressão têm um efeito claro no engajamento das pessoas. A mídia e o governo trabalham incessantemente para pintar a imagem de um movimento que está morrendo, mas a verdade é que ele não desapareceu, e o desejo de mudança continua latente na sociedade brasileira.

E, por fim, o argumento de que o Congresso Nacional não deve considerar a “pauta das ruas” é uma falácia. O Congresso deve, sim, considerar as demandas populares, especialmente quando essas demandas são legítimas e surgem do coração da sociedade. A preocupação de Camila com a democracia não é mais do que um disfarce para a manutenção do status quo. Para ela, democracia é aquilo que a esquerda decide ser, e os que não se curvam à sua visão devem ser silenciados, criminalizados e isolados.

Portanto, o texto de Camila Rocha, em sua essência, é uma tentativa de manter o poder nas mãos de uma elite política que não entende, ou não quer entender, a verdadeira vontade do povo brasileiro. Ao tentar minimizar a importância da anistia e dos protestos, ela desconsidera a realidade de um Brasil que está lutando por liberdade, justiça e, acima de tudo, por uma democracia real, onde todas as vozes, incluindo as que não compartilham de sua visão progressista, têm direito de ser ouvidas. A luta não é por um simples perdão, mas pela liberdade de expressão e pelo direito de construir um país mais justo para todos, e não apenas para aqueles que pensam como Camila Rocha.

Com informações Folha de S.Paulo

COMPARTILHE

⇒ Receba os Fatos sobre os bastidores política do Brasil e do mundo e como isso importa para você com o boletim informativo Em Fato.

COMENTÁRIOS

“Liberdade de expressão é um direito garantido pela Constituição de 1988, artigo 5º, então aproveite para comentar sem medo! Aqui, sua opinião é livre como manda a lei, mas também poderosa: critique, debata e exponha o que pensa. No palco da política, você é o jurado final. Participe, porque democracia é voz ativa, não passiva! 📢⚖️”

CONTINUE LENDO

Câmbio/Dólar

Ibovespa/B3

plugins premium WordPress