“Servidores da Justiça reclamam a Barroso de tratamento desigual com relação a juízes” – diz Folha de S.Paulo

Ah, o glorioso e insubstituível Poder Judiciário, sempre tão comprometido com a justiça social. O que seria da nossa democracia sem a classe dos magistrados, que acumulam privilégios como se

Ministro e atual presidente do Supremo Tribunal federal (STF), Luís Roberto Barroso

Ah, o glorioso e insubstituível Poder Judiciário, sempre tão comprometido com a justiça social. O que seria da nossa democracia sem a classe dos magistrados, que acumulam privilégios como se fossem uma coleção de figurinhas raras? Afinal, quem precisa de reformas ou um olhar mais atento sobre a imensa desigualdade que existe entre juízes e servidores, não é mesmo? O cenário é digno de aplausos: enquanto os juízes continuam a aumentar suas verbas e privilégios, o resto da galera, aquela turma que realmente sustenta a máquina judiciária, é empurrada para o limbo da insatisfação. Parece até que o sistema de Justiça foi desenhado para garantir que apenas uma classe saia vitoriosa da partida. E os servidores? Bem, eles têm que se contentar com a sobra, ou melhor, com a falta de reconhecimento, em um jogo onde a justiça parece ser a última coisa em jogo.

E aqui estamos nós, assistindo a uma cena quase tragicômica, onde os servidores do Poder Judiciário resolvem protestar contra o tratamento desigual que recebem. A carta enviada ao ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, é a expressão de um desabafo tão legítimo quanto qualquer outro pedido de “igualdade” que a democracia brasileira já presenciou. A Fenajufe, em nome dos trabalhadores do Judiciário e do Ministério Público da União, decidiu que era hora de expor as vergonhas que o sistema insiste em esconder. O que eles denunciam? Nada mais, nada menos, do que a crescente disparidade de salários, a sobrecarga de trabalho e a falta de benefícios essenciais. Parece que, ao invés de investir nas pessoas que de fato fazem a máquina judiciária funcionar, a prioridade do Judiciário tem sido acumular privilégios.

Quem diria que, em pleno século 21, servidores do Judiciário estivessem sendo relegados ao papel de figurantes enquanto os juízes continuam a acumular benesses como se o dinheiro não tivesse mais valor? Para agravar ainda mais a situação, a carta menciona que as tentativas de diálogo com as autoridades têm sido infrutíferas, o que, obviamente, só alimenta a sensação de que há um abismo cada vez maior entre as classes que compõem o Judiciário. E é claro, o ponto de maior indignação está na disparidade salarial que, ao que parece, vai se alargando ainda mais, conforme os juízes continuam a receber salários astronômicos, enquanto os servidores, os verdadeiros trabalhadores da linha de frente, enfrentam desafios diários em busca de melhores condições. Quem sabe, um salário digno para os servidores poderia ser tão difícil de arranjar quanto um novo benefício para um magistrado?

E o que a carta reivindica? Nada de mais. Apenas algumas condições mínimas de dignidade para aqueles que são a espinha dorsal do sistema de Justiça. Aumento salarial justo? Ah, quem não gosta? A busca por um auxílio-saúde digno, nos mesmos moldes dos magistrados? Claro, o básico. E a indenização de transporte para analistas? Por que não, se até o combustível do carro do juiz parece estar incluído no pacote de privilégios? Mas, claro, em um Brasil onde a classe política e os juízes têm privilégios que parecem saídos de um conto de fadas, é compreensível que o pedido de servidores seja ignorado por aqueles que continuam a se beneficiar da desigualdade sistêmica. Eles são a elite do Judiciário, e não precisam sequer considerar a possibilidade de um sistema mais justo.

O mais curioso é que, apesar das constantes reivindicações dos servidores, as respostas continuam sendo o silêncio absoluto. E com esse silêncio, cresce a frustração de quem realmente faz o Judiciário funcionar, o que é uma verdadeira ironia. Afinal, quem precisa de servidores motivados e bem remunerados quando se tem um sistema cheio de juízes com salários que beiram o surreal e privilégios que não podem ser questionados? Essa insatisfação crescente entre os trabalhadores do Judiciário está prestes a explodir. Se o governo, o STF e a cúpula do Judiciário não se movem, o que se pode esperar da paciência dos servidores? O anúncio de um calendário de atividades reivindicatórias, marcado para começar em 7 de fevereiro, é só o começo. E quem pode culpar essa turma por finalmente decidir lutar por um pouco de justiça, especialmente quando as desigualdades internas do Judiciário são tão flagrantes?

O que é realmente impressionante nesse cenário é a total falta de autocrítica por parte dos magistrados e da alta cúpula do Judiciário. Enquanto os servidores continuam a ser tratados como meros peões em um jogo de poder, os juízes continuam a viver em uma bolha de privilégios, sem que ninguém ouse questionar suas vantagens. As desigualdades no Judiciário são flagrantes, mas pouco se faz para corrigir isso. Parece que, no fundo, tudo isso é uma estratégia de manutenção do poder, onde os servidores são ignorados para que a classe dominante, os juízes, possam continuar a acumular benefícios e lucros. O sistema parece ter sido projetado para funcionar apenas para uma pequena elite, enquanto os trabalhadores ficam com a parte suja do trabalho.

Mas, como sempre, a verdadeira pergunta é: o que será feito a respeito? Se o Judiciário continuar ignorando as demandas dos servidores, a insatisfação vai continuar a crescer. O problema é que, no Brasil, o sistema de Justiça funciona de acordo com a vontade dos poderosos, e quem está na base da pirâmide tem cada vez menos voz. A revolta dos servidores é uma reação natural ao tratamento desigual que recebem, e, se nada for feito para corrigir isso, os próximos meses podem trazer cenas que o Brasil está acostumado a ver: uma classe dominante que continua acumulando riquezas e uma classe trabalhadora cada vez mais insatisfeita. E a pergunta que fica é: até quando isso vai durar?

Essa é a realidade de um sistema que se diz justo, mas que, na prática, serve apenas aos interesses de uma minoria. Os servidores do Judiciário, que carregam o peso do sistema, são tratados como peças descartáveis, enquanto os juízes continuam a viver uma realidade paralela, com salários exorbitantes e benefícios infinitos. A desigualdade dentro do próprio Judiciário é um reflexo claro da desigualdade que permeia toda a sociedade brasileira. E, enquanto isso, a população assiste passivamente, sem perceber que a verdadeira justiça está sendo ignorada dentro das próprias paredes do Judiciário.

E é isso que você precisa entender: os trabalhadores do Judiciário estão cansados de ser tratados como cidadãos de segunda classe. Eles exigem, ao menos, o reconhecimento de seu valor e o tratamento justo que merecem. Eles estão em pé de guerra, e talvez, só talvez, a realidade dos fatos seja algo que o Brasil precise encarar antes que o sistema judiciário, que tanto prega a justiça, seja mais uma vez desmascarado por sua própria hipocrisia.

Com informações Folha de S.Paulo

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