STF e o monopólio da verdade: checagem ou censura disfarçada?

O Supremo Tribunal Federal, em mais uma de suas tentativas patéticas de se passar por guardião da verdade absoluta, resolveu celebrar o tal “Dia Internacional da Checagem de Fatos” com

O Supremo Tribunal Federal, em mais uma de suas tentativas patéticas de se passar por guardião da verdade absoluta, resolveu celebrar o tal “Dia Internacional da Checagem de Fatos” com um post digno de uma peça de humor involuntário. A Suprema Corte brasileira, que deveria zelar pela Constituição e pelo equilíbrio entre os poderes, agora se arvora em fiscal da informação, como se fosse um órgão infalível, imune a erros e sempre do lado certo da história.

É curioso, para dizer o mínimo, que justamente aqueles que atropelam princípios constitucionais com decisões monocráticas e interpretações jurídicas convenientes venham agora dar lição sobre “desinformação”. Como se já não bastasse a sua atuação questionável em diversos episódios recentes, o STF ainda quer ensinar ao cidadão comum o que ele pode ou não compartilhar. Não se trata de checagem de fatos, trata-se de um policiamento ideológico mascarado de zelo democrático.

A questão central aqui não é combater notícias falsas, como querem fazer parecer. O verdadeiro objetivo é estabelecer um monopólio da informação, onde apenas o que é sancionado por certas elites políticas e midiáticas pode ser considerado verdade. Qualquer opinião divergente, qualquer questionamento, qualquer denúncia que vá contra os interesses desse establishment passa a ser taxado como “desinformação” e, não raramente, reprimido com censura, investigações arbitrárias e até prisões.

Mas quem checa os checadores? Quem garante que esses paladinos da “verdade” não estejam, eles próprios, manipulando narrativas para atender seus próprios interesses? O histórico recente do STF e de outras instituições que se arvoram no combate à desinformação não é nada alentador. Pelo contrário, é um histórico marcado pelo viés seletivo, pela relativização da verdade conforme as conveniências do momento e pela evidente intenção de silenciar determinados setores da sociedade.

É impossível não notar o alinhamento dessas campanhas de checagem com as pautas e interesses da velha imprensa e do establishment político. Basta ver como certos conteúdos são rapidamente rotulados como “falsos” ou “enganosos”, enquanto outros, claramente problemáticos, recebem um tratamento condescendente, ou são simplesmente ignorados. Há um padrão claro nesse jogo de desinformação institucionalizada: proteger determinados grupos e desqualificar outros.

O cidadão brasileiro não precisa de tutores para dizer o que ele pode ou não acreditar. A liberdade de expressão, tão solenemente garantida na Constituição, não pode ser submetida a um tribunal de verdade controlado por aqueles que deveriam ser os primeiros a garantir o pluralismo de ideias. A tentativa de monopolizar a verdade não é apenas um insulto à inteligência da população, mas um ataque frontal ao princípio basilar da democracia.

Se há algo que a população deveria aprender neste Dia Internacional da Checagem de Fatos, é que nenhuma instituição, por mais poderosa que seja, tem o monopólio da verdade. O combate à desinformação não pode servir de pretexto para a censura. E quem acredita cegamente nos “checadores oficiais” pode estar, ironicamente, sendo vítima da maior desinformação de todas.

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