Trump expõe fragilidade da política externa petista, ao desafiar Lula com tarifas

A jogada estratégica de Donald Trump com a imposição de tarifas ao Brasil e a outros países não é apenas uma questão comercial. Nos bastidores da política internacional, é um

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

A jogada estratégica de Donald Trump com a imposição de tarifas ao Brasil e a outros países não é apenas uma questão comercial. Nos bastidores da política internacional, é um teste ácido para a já combalida capacidade de Luiz Inácio Lula da Silva demonstrar algum grau de habilidade diplomática. A verdade é que a política externa brasileira, sob o atual governo, tem sido um espetáculo de ideologia e discursos vazios, sem qualquer pragmatismo que garanta avanços concretos para o país. E agora, Trump lhe entrega um presente: uma oportunidade para mostrar se ainda resta alguma fagulha da astúcia sindicalista que um dia ostentou ou se será apenas mais um capítulo da decadência petista.

O argumento de que muitas das exportações brasileiras são feitas por empresas norte-americanas, e que essas mesmas empresas têm interesse em exceções, não é errado. Mas acreditar que a Casa Branca simplesmente cederá aos apelos de lobistas sem uma contrapartida significativa é ingenuidade. Trump não é conhecido por jogar para perder. Suas tarifas são um aviso claro: os Estados Unidos buscam reforçar sua posição econômica global e reestruturar sua relação comercial com o mundo. Se o Brasil não estiver à altura do jogo, perderá espaço – e de forma humilhante.

Há quem defenda que o Brasil pode ocupar nichos deixados por outros países, expandindo-se em mercados alternativos. Mas isso exige agilidade, planejamento e estratégia. Três características que passaram longe do governo Lula 3.0. A comparação entre Trump e Lula como negociadores é tentadora, mas risível. Enquanto o presidente republicano construiu impérios no setor privado e soube fazer da política um palco para suas habilidades transacionais, Lula sempre jogou para a plateia, empilhando narrativas de vitimismo e paternalismo estatal. A política externa petista jamais foi de negociação real; sempre foi baseada em conchavos ideológicos, muitas vezes beneficiando regimes ditatoriais ao redor do mundo.

A realidade é que o Brasil enfrenta um cenário completamente diferente daquele da era de bonança dos governos anteriores de Lula. Entre 2003 e 2010, a economia global crescia, a China comprava vorazmente nossas commodities e a instabilidade geopolítica era bem menor. Agora, o cenário é desafiador: os EUA se fortalecem, a Europa patina, a China enfrenta problemas internos e o Brasil está afundado num ambiente econômico de baixo crescimento, inflação teimosamente alta e uma dívida pública fora de controle. Diante disso, qual será o plano petista? Lamentar e chamar a decisão de Trump de “injustiça contra os países em desenvolvimento”?

O que essa situação evidencia é a fragilidade da gestão petista. Se os aliados de Lula afirmam que seus primeiros mandatos foram um sucesso pela “capacidade de negociação”, está mais do que na hora de provarem essa narrativa. Mas sejamos francos: não há muito a esperar. O governo petista tem demonstrado muito mais interesse em pautas identitárias, discursos vazios sobre democracia e uma postura submissa a organismos internacionais do que em agir pragmaticamente para defender os interesses nacionais.

Caso a democrata Kamala Harris tivesse vencido a eleição nos EUA, Lula provavelmente teria um cenário mais confortável. A afinidade ideológica com o progressismo americano garantiria um tapete vermelho diplomático para o Brasil, sem grandes desafios a serem superados. Mas com Trump no comando, o jogo é outro. O pragmatismo e a firmeza são requisitos essenciais para quem deseja negociar de igual para igual. E, sejamos honestos, nada até agora indica que Lula esteja preparado para isso.

O ditado do economista Roberto Campos nunca foi tão atual: “Infelizmente, o Brasil nunca perde a oportunidade de perder uma oportunidade.” Diante desse desafio imposto por Trump, a pergunta é: o governo Lula terá capacidade de jogar o jogo internacional com inteligência ou seguirá seu roteiro de fracassos, acumulando mais uma derrota para o Brasil?

Com informações Poder 360

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